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Governo argentino pede a empresários trégua nas demissões

Ao menos 11000 pessoas foram demitidas desde que o presidente Mauricio Macri tomou posse

Argentina: (Martin Acosta / Reuters)

Argentina: (Martin Acosta / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2016 às 20h31.

São Paulo — O governo argentino pediu neste sábado a empresários um compromiso público que evite demitir funcionários na tentativa de frear a votação de uma lei proposta pela oposição para reduzir as demissões.

"Que digam que durante 60, 70 ou 80 dias não vão despedir ninguém", pediu a empresários o ministro de Produção, Francisco Cabrera, em entrevista à rádio Mitre.

"Em qualquer pesquisa sobre o setor empresarial, de 75% a 80% (dos entrevistados) diz que não vai demitir ninguém ou que vai ampliar seu quadro de funcionários, então que manifestem isso como um compromisso por escrito", acrescentou o ministro, em mensagem ao setor empresarial.

O Executivo argentino admite aproximadamente 11.000 demissões no âmbito do Estado desde que o presidente Mauricio Macri tomou posse, em dezembro do ano passado.

Sindicatos dizem que esse número chega a 100.000 se forem contabilizadas as demissões do setor privado.

A oposição avança em uma lei de emergência ocupacional que evite demissões por seis meses ao estabelecer a obrigação de o empregador pagar o dobro de indenização ao funcionário demitido ou realocá-lo se isso for solicitado.

O Senado já aprovou o projeto, que deve ser encaminhado para a Câmara dos Deputados nesta semana.

Macri ameaçou com o veto, caso o projeto de lei seja aprovado.

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