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Governança melhora lentamente na África, mostra pesquisa

Mais completa sondagem do tipo no continente, o Índice Ibrahim ranqueia 52 países africanos em relação a uma série de critérios


	Cidade do Cabo, África do Sul: tanto a África do Sul como Maurício apresentaram uma piora na segurança e garantia da lei
 (TripAdvisor/Divulgação)

Cidade do Cabo, África do Sul: tanto a África do Sul como Maurício apresentaram uma piora na segurança e garantia da lei (TripAdvisor/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 13h39.

LONDRES - A melhora na governança dos países africanos evolui a um ritmo mais lento e os avanços econômicos têm contribuído menos para esse progresso, mostrou o Índice Ibrahim de Governança Africana divulgado nesta segunda-feira.

A mais completa sondagem do tipo no continente, o Índice Ibrahim ranqueia 52 países africanos em relação a critérios como segurança, corrupção, estabilidade econômica, leis justas, eleições livres, direitos humanos, infraestrutura, pobreza, saúde e educação.

Maurício manteve a liderança, seguido por Cabo Verde, Botsuana, África do Sul e Seichelles, mas cada um desses países registrou uma deteriora em alguns aspectos, disse Mo Ibrahim, fundador da Fundação Ibrahim e um destacado executivo sudanês. "Mesmo entre nossos melhores países, os cinco melhores colocados, enquanto continuam a melhorar no geral, escorregam em certas categorias", disse ele em uma entrevista à imprensa em Londres.

Tanto a África do Sul --a segunda maior economia do continente-- como Maurício apresentaram uma piora na segurança e garantia da lei, enquanto Botsuana registrou uma queda nas oportunidades de desenvolvimento econômico.

No geral, o índice --publicado pela primeira vez em 2007 baseado em dados de mais de 30 instituições independentes africanas e globais-- mostrou um avanço de 0,9 por cento nos últimos cinco anos, após um crescimento de 1,2 por cento entre 2005 e 2009.

O relatório mostrou que o fator por trás dos ganhos desde 2009 foi a categoria Participação e Direitos Humanos, que inclui eleições livres e justas, igualdade de gênero e liberdade de expressão.

Nos cinco anos anteriores, o impulso era proveniente de oportunidades econômicas sustentáveis, incluindo uma política fiscal favorável, infraestrutura e ambiente de negócios.

A Somália ficou mais uma vez em último lugar na tabela, logo abaixo de República Centro-Africana, Eritreia, Chade e Guiné-Bissau.

Enquanto isso a Nigéria, maior economia africana, observou uma piora na garantia da lei desde 2009, assim como um recuo na segurança nacional e queda abrupta na segurança pessoal, ficando na 37º do ranking de 52 países. (Reportagem de Karin Strohecker)

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