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Governador do BC de Portugal diz que país está em recessão

Constatação vem logo depois da confirmação de que o PIB do país cresceu 1,4% em 2010

Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, não gostou das declarações pessimistas do BC (WIKIMEDIA COMMONS)

Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, não gostou das declarações pessimistas do BC (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 10h36.

Lisboa - O governador do Banco Central de Portugal, Carlos Costa, confirmou nesta quarta-feira as más perspectivas da economia do país e ressaltou que já está em recessão.

"Pode dizer-se que estamos em recessão", afirmou Costa em declarações ao "Diário Econômico" de Lisboa.

Segundo os últimos dados econômicos divulgados nesta semana, Portugal manteve um crescimento no último trimestre e fechou o ano de 2010 com um aumento de 1,4% de seu Produto Interno Bruto (PIB), acima do previsto.

Apesar da insatisfação do Governo socialista de José Sócrates com algumas declarações pessimistas do governador do Banco Central sobre a economia do país, Costa, que assumiu o cargo no ano passado, assegurou que as relações com o Executivo "vão muito bem".

Segundo ele, "respeitou-se integralmente a independência e a autonomia" do Banco Central, inclusive quando a instituição publicou "números menos agradáveis".

As previsões feitas no final de 2009 pelo Banco Central sobre o PIB português para 2010 foram mais de três vezes inferiores ao resultado real da economia, já que cresceu 1,7%, enquanto as previsões apontavam para um crescimento de 0,4%.

Apesar disso, Costa ressaltou que neste ano as previsões das instituições nacionais e internacionais sobre a volta à recessão como consequência do processo de ajuste econômico serão confirmadas.

A esperança está nas exportações, cuja evolução é "positiva", declarou o Governador do Banco Central, quem acrescentou que não sabe se Portugal conseguirá demonstrar confiança aos mercados, caso necessite de ajuda externa.

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