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Goran Hadzic chega ao centro penitenciário do TPIY

O ex-líder sérvio será julgado por crimes contra a Humanidade e por crimes de guerra durante a guerra da Croácia (1991-95)

Hadzic (ao centro) é escoltado pela polícia até o embarque em uma viatura, que o levou ao aeroporto de Belgrado
 (AFP)

Hadzic (ao centro) é escoltado pela polícia até o embarque em uma viatura, que o levou ao aeroporto de Belgrado (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 11h47.

Belgrado - Goran Hadizc, acusado de crimes de guerra pela Justiça internacional, chegou nesta sexta-feira à tarde ao centro penitenciário do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIY) para ser julgado por crimes contra a Humanidade e por crimes de guerra durante a guerra da Croácia (1991-95), anunciou o tribunal em um comunicado.

"Hadzic, que foi detido pelas autoridades sérvias em 20 de julho, foi admitido no centro penitenciário das Nações Unidas na Haia", indicou o TPIY.

O avião que levava Hadzic havia aterrissado no aeroporto de Rotterdã pouco depois das 14h30 locais (09h30 de Brasília).

A extradição tinha sido anunciada por volta do meio-dia pela ministra sérvia da Justiça, Snezana Malovic.

Goran Hadzic, de 52 anos, que estava foragido há sete anos, foi preso na quarta-feira cerca de 100 km ao norte de Belgrado, capital da Sérvia. O ex-chefe militar dos sérvios na Croácia durante a Guerra dos Bálcãs (1991-1995) era o último da lista de 44 pessoas procuradas pelo Tribunal.

O efêmero "presidente" da "República sérvia de Krajina" deverá responder a 14 acusações, entre elas as de crimes contra a Humanidade e crimes de guerra.

Nesta sexta-feira de manhã, Hadzic havia sido autorizado a visitar sua mãe e sua filha grávida em Novi Sad, no norte da Sérvia, cidade onde morou antes de desaparecer em julho de 2004.

Antes de sua partida para Novi Sad, ele recebeu a visita de uma ex-companheira e da filha que tiveram juntos, indicou a imprensa sérvia. A esposa, a irmã e o filho já tinham visitado Hadzic na quinta-feira.

O nome de Goran Hadzic é ligado principalmente ao massacre do hospital de Vukovar (leste da Croácia), em novembro de 1991, durante o qual 264 civis croatas e outros não-sérvios que haviam se refugiado no local foram executados pelas forças sérvias depois de terem sido agredidos e torturados.

Com a transferência de Goran Hadzic para a Haia, a Sérvia considera ter cumprido suas obrigações com o TPIY, esperando poder receber em troca a concretização de suas ambições europeias.

O país pretende no final do ano obter o status de candidato à União e espera uma data para a abertura das negociações de adesão.

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