Gigante da internet responde por 0,01% da demanda energética global (Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 08h29.
São Paulo - O que antes era tratado como segredo de estado agora consta no relatório de sustentabilidade do Google, divulgado nesta quinta. Pela primeira vez, a gigante da internet revelou sua parcela de impacto ambiental no planeta. Entenda-se por isso as emissões de carbono advindas das operações da empresa e do consumo de energia ao longo de um ano, ou seja, a sua pegada de carbono.
Segundo o relatório, o Google emite, anualmente, 1,5 milhão de toneladas de CO2, algo equivalente às emissões de um pequeno país como Laos, no sudeste asiático ou sete vezes menos o que emite uma cidade como São Paulo.
Em números gerais, a maior parte das emissões de dióxido de carbono do Google (1,2 milhão de toneladas) diz respeito ao consumo energético de seus escritórios e datacenters.
Transporte e serviços de frota, incluindo o Google Street View, respondem por 11,2 mil toneladas de CO2. Emissões indiretas, como as causadas por viagens de negócios e projetos de construção civil, somam emissões de pouco mais de 207 mil toneladas de CO2 anualmente.
A empresa defende que boa parte de seus serviços e sistemas são de computação em nuvem, como o popular Gmail, que pode ser até 80 vezes menos poluente que as alternativas tradicionais adotadas por empresas que operam seus próprios servidores. Em média, segundo o estudo, uma pessoa que acessa diariamente o Gmail emite 1,2 kg de CO2 por ano.
Outro aspecto que demonstra o comprometimento do Google com as questões ambientais diz respeito ao consumo energético – seus centros de dados consomem 50% menos energia que a média da indústria.
Para se ter uma ideia, o total de eletricidade usada pelos centros de dados da empresa no ano passado representa apenas 1% dos 198,8 bilhões de kWh usados por todos os centros de dados do mundo, que juntos consumiram 1,5% da eletricidade produzida no planeta em 2010.
Considerado isoladamente, o Google respondeu sozinho por 0,01% da demanda energética global no mesmo ano. Atualmente, quase um terço da eletricidade da empresa vem de fontes renováveis.