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Google presta primeiro depoimento desde Snowden

Companhia cobrou em depoimento ao Congresso que o governo dos EUA seja mais transparente sobre a espionagem online

Executivo do Google Richard Salgado após depor na subcomissão judiciária do Senado dos Estados Unidos, em Washington (Yuri Gripas/Reuters)

Executivo do Google Richard Salgado após depor na subcomissão judiciária do Senado dos Estados Unidos, em Washington (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 16h07.

Washington - O gigante da Internet Google cobrou que o governo dos Estados Unidos seja mais transparente sobre a espionagem online, ao prestar nesta quarta-feira o primeiro depoimento de uma grande empresa de tecnologia perante o Congresso dos EUA desde o início de uma série de vazamentos para a mídia em junho.

Em depoimento por escrito enviado a uma subcomissão judiciária do Senado, um executivo do Google disse que os segredos do governo são contrários aos valores norte-americanos e ferem os interesses econômicos dos EUA.

"Os governos têm o dever de proteger seus cidadãos. A atual falta de transparência sobre a natureza da vigilância do governo em países democráticos, no entanto, enfraquece a liberdade que a maioria dos cidadãos preza", disse o diretor do Google para as áreas jurídica e de segurança da informação, Richard Salgado, no depoimento.

Os membros do Congresso debatem quais mudanças fazer nos programas de vigilância dos EUA e na legislação após os vazamentos para a mídia de documentos secretos pelo ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden, revelando a extensão da espionagem do governo.

O governo do presidente Barack Obama defendeu os programas e o sigilo em torno deles, alegando serem necessários para combater grupos militantes como a Al Qaeda.

Alguns parlamentares norte-americanos dizem que não há intenção de autorizar programas tão amplos como a coleta diária de milhões de dados de chamadas telefônicas.

Google, Microsoft e outras grandes empresas de tecnologia pediram à Justiça que tenham autorização para divulgar ao público maiores detalhes sobre as ordens que recebem do tribunal de vigilância.

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