Mundo

González Urrutia diz que atas que comprovam sua vitória na Venezuela estão sob custódia do Panamá

Opositor venezuelano esteve no país da América Central após passar pela Argentina e EUA; ele alega ter vencido Maduro nas eleições que não tiveram os resultados reconhecidos internacionalmente

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 06h44.

Última atualização em 9 de janeiro de 2025 às 06h49.

O Panamá recebeu na última quarta-feira, 8, “todas as atas” das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024 na Venezuela que provariam a vitória do líder opositor Edmundo González Urrutia sobre o atual presidente, Nicolás Maduro, que foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

“Estamos assinando o ato de entrega das atas oficiais de 28 de julho”, declarou González Urrutia ao assinar um documento cercado pelas atas durante um evento com ministros das Relações Exteriores e ex-presidentes latino-americanos na Cidade do Panamá.

“TODAS AS ATAS ficarão sob a custódia do Governo do Panamá nos cofres de seu Banco Nacional, até que façam sua viagem de volta à Venezuela, muito em breve. Hoje se estabelece um vínculo histórico indelével entre os povos de Panamá e Venezuela. GLÓRIA AO BRAVO POVO!”, declarou a líder opositora Maria Corina Machado em sua conta na rede social X (ex-Twitter).

Caracas tem clima tenso nas ruas e opositores evitam sair de casa com medo de sequestros

A coalizão representada por González Urrutia, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), divulgou após as eleições em um site o que alega ser 85,18% das atas de votação, que diz ter obtido graças a testemunhas e membros das seções eleitorais no dia da eleição, e que “mostram” a vitória do opositor com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.

Após as eleições, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado por governistas, declarou o presidente Nicolás Maduro vencedor com 51,95% dos votos, contra 43,18% de González Urrutia.

González Urrutia visitou o Panamá como parte de uma viagem internacional antes do dia 10 de janeiro, quando Maduro assumirá o cargo por mais um mandato consecutivo em meio a alegações da oposição de fraude nas eleições.

O líder opositor declarou que estará na Venezuela para assumir o mandato, apesar de um mandado de prisão do Ministério Público e de uma recompensa para quem informar seu paradeiro.

González Urrutia reuniu-se hoje com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que lhe estendeu o “apoio moral e político” de seu governo, recebeu um prêmio do prefeito da Cidade do Panamá, Mayer Mizrachi, e deve se reunir com a comunidade venezuelana antes de seguir viagem para a República Dominicana.

Após as eleições venezuelanas, Panamá e Venezuela fecharam suas respectivas representações diplomáticas, e o governo de Maduro suspendeu os voos comerciais rumo ao Panamá.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaNicolás MaduroEleições

Mais de Mundo

Sobe para cinco o número de mortos por conta dos incêndios em Los Angeles

EUA negam envolvimento em 'complô' para derrubar Maduro

Oposição na Venezuela denuncia prisões arbitrárias e assédio

Em busca da verdade: como as percepções das pessoas afetam a compreensão da realidade