Mundo

Golpe policial em clã mafioso na Espanha e Itália

No total, 99 pessoas foram detidas por suspeita de narcotráfico e lavagem de dinheiro


	Agentes da Guarda Civil efetuam uma prisão na Espanha: o clã faz parte da máfia Camorra
 (Marcos Moreno/AFP)

Agentes da Guarda Civil efetuam uma prisão na Espanha: o clã faz parte da máfia Camorra (Marcos Moreno/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 13h36.

Madri - A estrutura espanhola do "clã Polverino", organização da máfia napolitana suspeita de narcotráfico e lavagem de dinheiro, foi desmantelada com uma operação policial na Espanha e na Itália com 99 detidos, informou nesta quarta-feira o Ministério espanhol do Interior.

A operação "terminou na Espanha com a detenção de 30 pessoas (...) e na Itália o número de detidos chegou neste momento a 69 pessoas, todas elas na área de Nápoles", informou o ministro Jorge Fernández Díaz em uma coletiva de imprensa em Madri.

"Com esta ação podemos dar praticamente por desmantelada a estrutura do clã na Espanha", acrescentou.

A operação, efetuada em seis províncias do litoral mediterrâneo - Barcelona, Tarragona, Castellón, Alicante, Málaga e Cádiz - e no enclave de Ceuta, no norte da África, envolveu 200 guardas civis e levou à detenção de "dois importantes membros do clã Polverino" que administravam a rede na Espanha, afirmou o ministro.

Esta família da Camorra napolitana havia estabelecido uma estrutura na Espanha que enviava à Itália entre 50 e 60 toneladas anuais de haxixe procedente do Marrocos, com as quais obtinha um lucro anual de 50 a 60 milhões de euros, disse Vincenzo Massimiliano Russo, autoridade policial italiana presente na coletiva de imprensa.

A rede estava organizada em três "paranzas", como são conhecidas as células operacionais da Camorra, em Tarragona, Málaga e Cádiz, "de tal modo que cobriam quase a totalidade do arco mediterrâneo espanhol", disse Fernández Díaz.

O ministro ressaltou a importância da colaboração com a polícia italiana para realizar esta operação.

O clã Polverino também utilizava a Espanha "para lavar o dinheiro procedente do tráfico de haxixe", principalmente através da "compra e venda de imóveis em Tarragona, Málaga e Tenerife", explicou.

Acompanhe tudo sobre:CrimeEspanhaEuropaItáliaPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Israel anuncia acordo de cessar-fogo com Hezbollah

Supercomputador Tianhe lidera ranking global de eficiência energética em pequenos dados

Os 10 países do mundo mais dependentes de energia nuclear

Ministro alemão adverte para riscos de não selar acordo entre UE e Mercosul