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Golpe na Venezuela?; Park presa…

Golpe na Venezuela? Depois de passar um ano anulando todas as decisões do Legislativo venezuelano, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela retirou poderes da Assembleia Nacional, de maioria oposicionista ao presidente Nicolás Maduro. A sentença diz que o Supremo venezuelano deve assumir o comando do Legislativo para garantir o “Estado de direito”. Há dois dias, […]

JULIO BORGES: presidente da Assembleia  Nacional da Venezuela rasgou decisão da Suprema Corte que dissolve o Legislativo / Carlos Garcia Rawlins/Reuters

JULIO BORGES: presidente da Assembleia Nacional da Venezuela rasgou decisão da Suprema Corte que dissolve o Legislativo / Carlos Garcia Rawlins/Reuters

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2017 às 18h44.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h52.

Golpe na Venezuela?

Depois de passar um ano anulando todas as decisões do Legislativo venezuelano, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela retirou poderes da Assembleia Nacional, de maioria oposicionista ao presidente Nicolás Maduro. A sentença diz que o Supremo venezuelano deve assumir o comando do Legislativo para garantir o “Estado de direito”. Há dois dias, a Justiça já havia retirado imunidade dos parlamentares e concedido poderes quase ilimitados a Nicolás Maduro. A decisão é considerada uma resposta de Maduro à Organização dos Estados Americanos (OEA), que se reuniu nesta semana para tratar da situação da Venezuela, o que foi considerado pelos líderes venezuelanos como interferência em assuntos internos.

Madurazo

Reagindo à decisão da Justiça, a oposição venezuelana acusa Maduro de dar um “golpe de Estado” — o que o líder da oposição, Henrique Capriles, batizou como “madurazo”. O presidente da Assembleia legislativa, Julio Borges, pediu às Forças Armadas que sejam “guardiãs da democracia” e disse que o exército, tradicionalmente apoiador de Maduro, não pode “seguir calado”. Brasil, México, Colômbia e Chile consideraram o caso como ruptura da democracia, e o Peru chamou de volta seu embaixador.

Trump x Caucus

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu Twitter para reclamar do Caucus, grupo de republicanos conservadores que barrou no Congresso sua lei de saúde, o American Health Care Act, na última sexta-feira 24. Para o presidente, o grupo vai “arruinar toda a agenda republicana” se não se juntarem à equipe, e Trump chegou a dizer que, nas eleições legislativas de 2018, é preciso “combatê-los” da mesma forma como se combatem os rivais democratas.

Xi vai ao resort

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, vão se encontrar pela primeira vez na próxima quinta-feira, quando Xi será recebido em Mar-a-Lago, resort de Trump na Flórida. A Casa Branca afirmou que os dois líderes discutirão questões globais e regionais, possivelmente incluindo as ameaças da Coreia do Norte e as disputas territoriais no Mar do Sul da China. A relação entre as duas maiores economias do mundo segue incerta, uma vez que, durante a campanha, Trump acusou a China de práticas comerciais injustas e ameaçou impor taxas a produtos do país, além de ter recebido uma ligação da presidente de Taiwan — fazendo parecer que Trump era a favor da independência da ilha em relação aos chineses.

Tillerson na Turquia

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, visitou a Turquia e teve uma reunião a portas fechadas com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Os dois discutiram os esforços para derrotar o grupo terrorista Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Na cidade síria de Raqqa, o apoio americano aos curdos irrita a Turquia, que os considera um grupo terrorista. Os EUA não anunciaram oficialmente, mas tudo indica que continuarão a apoiar os curdos em Raqqa. “Vou ser franco: não são decisões fáceis”, disse Tillerson.

A carta de Sturgeon

A governadora da Escócia vai enviar ao governo da premiê britânica Theresa May uma carta pedindo autorização para realizar um referendo sobre a permanência escocesa no Reino Unido. Nesta quinta-feira, Sturgeon foi fotografada escrevendo a mensagem em um sofá, numa pose parecida a uma fotografia da ex-líder britânica Margareth Thatcher. A Escócia quer que os britânicos convoquem um referendo em 2018 ou 2019, mas o governo britânico é contra. Na quarta-feira, May entregou à União Europeia uma outra carta, que oficializa o início do Brexit.

Park presa

A ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye, foi presa nesta manhã ao prestar depoimento, após uma corte sul-coreana aprovar um mandato preventivo contra ela. Park é acusada de abuso de poder e recebimento de propina para aprovar projetos da empresa de tecnologia Samsung — em troca, a empresa pagaria também para fundações ligadas a sua amiga, Choi Soon-sil, pivô do escândalo. Park pode ficar presa por até 20 dias. 

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