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Golpe na Turquia; Erdogan pede reação…

Golpe na Turquia As Forças Armadas da Turquia declararam responsabilidade por um golpe militar no país nesta sexta-feira, depois de terem bloqueado com tanques e soldados os acessos às cidades de Istambul e Ancara e interrompido o tráfego aéreo. Em comunicado divulgado no fim da tarde, os militares afirmam querer “restaurar a lei e a […]

SOLDADO NA PRAÇA TAKSIM, EM ISTAMBUL: os militares afirmam querer “restaurar a lei e a ordem” / Murad Sezer/ Reuters (Murad Sezer)

SOLDADO NA PRAÇA TAKSIM, EM ISTAMBUL: os militares afirmam querer “restaurar a lei e a ordem” / Murad Sezer/ Reuters (Murad Sezer)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2016 às 19h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.

Golpe na Turquia

As Forças Armadas da Turquia declararam responsabilidade por um golpe militar no país nesta sexta-feira, depois de terem bloqueado com tanques e soldados os acessos às cidades de Istambul e Ancara e interrompido o tráfego aéreo. Em comunicado divulgado no fim da tarde, os militares afirmam querer “restaurar a lei e a ordem” e asseguram que “todos os acordos internacionais permanecerão”. Mais cedo, logo que os acessos por terra foram bloqueados, o primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, deu entrevista a um canal de TV local, afirmando que houve um “motim” dos militares e que as forças de segurança “estão fazendo o possível” para restabelecer a normalidade. A filial turca da CNN disse que o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, está em um local seguro.

Erdogan se pronuncia

Em entrevista por celular à CNN Turquia, o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, disse que o golpe foi causado por uma “estrutura paralela” nas Forças Armadas e encorajou os cidadãos a saírem às ruas para responder ao golpe. Erdogan afirmou ainda que está voltando à cidade de Ancara – de onde se retirou após o início dos conflitos – e que acredita que a tentativa de golpe será suprimida rapidamente. “Nós vamos superar isso”, disse. Erdogan pediu asilo à Alemanha.

Investigações na França

As autoridades francesas continuam as investigações do atentado em que mais de 80 pessoas morreram e 50 ficaram gravemente feridas, na cidade de Nice, ao ser atropeladas por um caminhão frigorífico na noite da quinta-feira 14. O rol dos feridos inclui crianças e estrangeiros, como o brasileiro Anderson Happel, de 24 anos, que machucou a perna. Pilotado pelo tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, o veículo atravessou a multidão por cerca de 2 quilômetros. Morto na troca de tiros com a polícia, Bouhlel tinha 31 anos, morava na França desde 2005 e trabalhava como motorista — ele tinha registros criminais por pequenos casos de violência e vandalismo, mas não constava na lista de militantes radicais.

Segue estado de emergência

Embora ainda as motivações de Bouhlel ainda não sejam conhecidas ou se ele tinha ligação com algum grupo, o presidente francês, François Hollande, afirmou que o ocorrido tem “caráter terrorista” e estendeu no país o tempo de estado de emergência — que vigora desde o atentado a uma casa de shows parisiense em novembro e estava previsto terminar no dia 26 de julho. O atropelamento em Nice é o quinto ataque com mais de 30 mortos na Europa desde março de 2012 — quatro deles ocorreram na França e um na cidade de Bruxelas, na Bélgica.

Vice de Trump escolhido

Encerrando uma novela que já durava semanas, o presidenciável Donald Trump confirmou nesta sexta-feira, em sua conta no Twitter, a escolha do governador de Indiana, Mike Pence, para o cargo de vice na chapa republicana. Assumidamente conservador e querido entre a direita cristã, Pence chegou a discordar publicamente de aspectos radicais da plataforma de Trump, como a expulsão de islâmicos do país. Ainda assim, o governador de Indiana é conhecido por posições polêmicas, como a defesa de leis antiaborto e a restrição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Líderes do Partido Republicano, como o presidente da Câmara, Paul Ryan, já declararam sua aprovação à escolha de Pence.

EUA e UE: ainda sem acordo

Grandes diferenças ainda precisam ser superadas antes que Estados Unidos e União Europeia assinem, finalmente, um tratado de livre comércio, segundo declararam negociadores dos países nesta sexta após a 14ª rodada de conversas pelo chamado TTIP — Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento. A expectativa é chegar a um acordo antes do fim do ano, quando se encerra o mandato do presidente Barack Obama. Estima-se que o TTIP adicionaria cerca de 100 bilhões de dólares ao comércio entre americanos e europeus. A saída do Reino Unido da UE dificultou ainda mais as negociações, uma vez que os britânicos respodiam por 25% das vendas americanas para o bloco.

China cresce, mas não tanto

A economia chinesa cresceu um pouco mais do que o esperado no segundo trimestre deste ano: números divulgados nesta sexta-feira mostram que o PIB do país teve alta de 6,7% em relação ao mesmo período de 2015. Ainda assim, trata-se do menor ritmo de crescimento desde a crise financeira mundial iniciada em 2008. Embora os números diminuam a preocupação de uma queda brusca na maior economia do mundo, o baixo crescimento nos setores privado e imobiliário mostram que o governo chinês pode ter de aumentar os estímulos para chegar à meta de 6,5% a 7% de crescimento anual.

Herbalife: pirâmide?

A fabricante de suplementos nutricionais Herbalife fez um acordo com uma agência reguladora americana para encerrar uma investigação de dois anos sobre possíveis práticas fraudulentas. A marca pagará uma multa de 200 milhões de dólares, além de reformular suas operações nos Estados Unidos. Uma das mudanças consiste em mudar seu criticado sistema de gratificação, por meio do qual muitas pessoas ganhavam mais dinheiro recrutando novos revendedores do que efetivamente comercializando os produtos — o que fez com que a empresa fosse acusada de fomentar um esquema de pirâmide financeira.

Buffet caridoso
O bilionário Warren Buffet, dono do fundo de investimento Berkshire Hathaway, doou 2,8 bilhões de dólares em ações de sua companhia a quatro instituições de caridade. Uma das beneficiadas foi a Bill & Melissa Gates Foundation, pertencente ao fundador da empresa de software Microsoft. Desde 2006, Buffet já doou 24,3 bilhões de dólares a instituições desse tipo.

Refugiados sem emprego na Alemanha

Apenas 54 de todos os postos de trabalho disponíveis nas 30 maiores companhias alemãs são preenchidos por refugiados, segundo levantamento de um jornal alemão. Embora o país possua 665.000 vagas abertas, os 300.000 refugiados aptos a trabalhar no país vêm encontrando dificuldades para preenchê-las — as empresas justificam que muitos não são qualificados. A situação fez com que o ministro da Economia, Sigmar Gabriel, escrevesse a companhias do país pedindo a melhor integração dos estrangeiros. “Precisamos mostrar que as maiores companhias do país não são as melhores somente em gerar lucros”, disse.

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