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"Golpe de estado" e "vergonha": as reações no Twitter à invasão ao Capitólio

Invasão inédita na história dos EUA suspendeu a sessão que reconheceria a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de novembro

A polícia do Capitólio detém manifestantes do lado de fora da Câmara da Câmara durante uma sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. O Congresso realizou uma sessão conjunta hoje para ratificar a vitória do Colégio Eleitoral 306-232 do presidente eleito Joe Biden sobre o presidente Donald Trump. Um grupo de senadores republicanos disse que rejeitaria os votos do Colégio Eleitoral de vários estados, a menos que o Congresso indicasse uma comissão para auditar os resultados das eleições (Drew Angerer/Getty Images)

A polícia do Capitólio detém manifestantes do lado de fora da Câmara da Câmara durante uma sessão conjunta do Congresso em 6 de janeiro de 2021 em Washington, DC. O Congresso realizou uma sessão conjunta hoje para ratificar a vitória do Colégio Eleitoral 306-232 do presidente eleito Joe Biden sobre o presidente Donald Trump. Um grupo de senadores republicanos disse que rejeitaria os votos do Colégio Eleitoral de vários estados, a menos que o Congresso indicasse uma comissão para auditar os resultados das eleições (Drew Angerer/Getty Images)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 17h59.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 18h41.

Na tarde desta quarta-feira (6), manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio, sede do Congresso americano, para impedir a sessão que reconheceria a vitória do democrata Joe Biden como presidente dos EUA. O rito, suspenso com a invasão, é o último passo antes da posse do presidente eleito. Alguns manifestantes estão armados e há relatos de que pelo menos uma pessoa foi baleada.

No Twitter, o presidente Donald Trump abaixou o tom que vinha adotando durante as últimas horas e pediu que os manifestantes se mantenham pacíficos. "Peço que todos no capitólio se mantenham pacíficos. Sem violência! Lembrem que NÓS somos o partido da Lei e da Ordem - respeitem a lei e os grandes homens e mulheres de azul. Obrigado!", twittou o presidente, que mais tarde postou um vídeo mandando aos manifestantes para casa, mas ainda insistindo na tese de fraude eleitoral.

Um dos mais engajado nas tentativas de contestar o resultado das eleições na justiça, o senador republicano Ted Cruz também pediu que os manifestantes voltem a militar de maneira pacífica.

"Isso é inacreditável e será usado para sempre contra os republicanos. Obrigada, Trump", disse a advogada e jornalista americana Ann Coulter.

Editor do The Atlantic, o jornalista Yoni Appelbaum chamou a invasão de golpe de estado.

Deputado do Illinois, Adam Kinzinger também chamou os ataques de "golpe".

"Eu e minha equipe estamos bem", disse o senador democrata Cory Booker. "É uma vergonha que Trump e seus aliados tenham permitido esse ataque violento à nossa democracia."

Nomeado por Biden para comandar a Secretaria de Transportes, o democrata Pete Buttigieg afirmou que os ataques ao Capitólio e ao processo democrático americano são consequências das palavras "do presidente e seus aliados".

Cientista político e colunista da revista Time, Ian Bremmer responsabilizou Trump diretamente pelos ataques.

Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson também chamou as cenas de "vergonhosas", pedindo uma transição de poder pacífica e ordeira.

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