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Globalrevolution.TV, o protesto contra Wall Street ao vivo

A Global Revolution é uma emissora de TV que difunde as imagens dos protestos do movimento denunciando os excessos da polícia

Uma TV do povo, pelo povo, para o povo, segundo a visão de seus organizadores
 (Emmanuel Dunand/AFP)

Uma TV do povo, pelo povo, para o povo, segundo a visão de seus organizadores (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 09h39.

Nova York - Instalada num escritório em Nova York, a Global Revolution é uma emissora de TV que difunde ao vivo as imagens dos protestos do movimento "Ocupem Wall Street" em todos os Estados Unidos, dando acesso à informação a baixo custo e denunciando os excessos da polícia.

"Esta é a TV do povo, pelo povo, para o povo. Esta é a revolução das novas mídias, onde todos têm acesso à tecnologia barata para abrir uma janela para a realidade global nas vidas de cada um. Este é o espelho da humanidade", afirma a Global Revolution em seu site.

A ideia é oferecer transmissões ao vivo pela internet dos lugares onde são realizados protestos pacíficos, "documentando seus compatriotas que são ameaçados pela violência dos poderes que querem continuar vivendo no mundo que apenas beneficia a esses poderes".

Atualmente, a Global Revolution difunde imagens e vídeos das ações do movimento OWS (de "Occupy Wall Street", no original) em Nova York no endereço <livestream.com/occupyNYC> e do movimento surgindo em nível internacional depois das revoltas na Tunísia e Egito, em <livestream.com/globalrevolution>.

Na tarde de segunda-feira, por exemplo, o <www.livestream.com/globalrevolution> transmitia as imagens do protesto em Providence (Rhode Island, nordeste dos EUA), com um fluxo de cerca de mil pessoas conectadas.


Nas primeiras semanas do protesto em Wall Street, que teve início em 17 de setembro, o Global Revolution operava da praça Zuccotti, onde instalou sua base de operações OWS, apesar da chuva e de alguns roubos que obrigaram seus membros a buscar um lugar mais seguro, segundo a revista The New Yorker.

Por isso, os ativistas da Global Revolution alugaram um escritório no bairro de Noho, sul de Manhattan, onde uma equipe organiza e difunde pela internet as imagens recebidas de Zuccotti e outros protestos similares ao longo dos Estados Unidos.

Um dos cérebros da Globalrevolution.TV é Vlad Teichberg, um americano de origem russa, de 39 anos, que foi corretor em Wall Street até 2008 e agora ajuda os que denunciam a ambição desenfreada e a corrupção no mundo das finanças vinculados com a bolsa nova-iorquina.

"Estamos vendo um grande número de ações não violentas contra as injustiças que acontecem em nossa sociedade. Em Nova York, todos os dias há ações assombrosas nas quais as pessoas estão diretamente envolvidas", afirmou Teichberg em uma vídeo-conversa transmitida pelo site de notícias The Huffington Post.

Para Teichberg, o ponto-chave do OWS é que "não é um movimento hierárquico" e tem o princípio de não vincular-se aos partidos políticos: "É impossível ter um honesto no atual sistema democrático", garante.

"O presidente Barack Obama é um perfeito exemplo do que as pessoas fazem para chegar ao poder e o que fazem depois", acrescentou.

A Global Revolution, que funciona na base de doações, tenta continuar estendendo o número de protestos vinculados ao OWS em cidades dos Estados Unidos capazes de transmitir de forma permanente suas atividades oferecendo equipamento e treinamento.

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