Gleisi: "foi uma reunião tranquila, não era para pedir explicações, mas para oferecer apoio aos esclarecimentos dele” (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2011 às 12h05.
Brasília - O ministro do Esporte, Orlando Silva, reuniu-se com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir as denúncias publicadas pela revista Veja de que recebeu dinheiro desviado do Programa Segundo Tempo.
No encontro, ocorrido na noite de ontem (16), na casa da ministra, Orlando Silva apresentou esclarecimentos sobre o caso. Por meio de sua assessoria, Gleisi informou que o encontro não se tratou de uma convocação, mas de uma conversa para que pudesse ouvi-lo e se inteirar do caso.
“Confiamos que o ministro prestará todos os esclarecimentos sobre o assunto. Ele tem demonstrado disposição para isso. Foi uma reunião tranquila, não era para pedir explicações, mas para oferecer apoio aos esclarecimentos dele”, resumiu Gleisi em declaração divulgada pela assessoria de imprensa.
A avaliação é que a atitude do ministro de prestar esclarecimentos imediatos foi positiva e a orientação é para que ele continue à disposição, inclusive para comparecer à Câmara e ao Senado, caso ocorram convites dos parlamentares.
O ministro estava em Guadalajara, no México, onde ocorrem os Jogos Pan-Americanos e antecipou seu retorno ao Brasil, após a chegada da revista Veja às bancas. Ainda no México, ele deu explicações à imprensa e divulgou nota negando as acusações.
No texto, Orlando Silva informa que pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal investigue as denúncias feitas na revista pelo policial militar João Dias Ferreira, ligado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ao qual o ministro é filiado.
O Programa Segundo Tempo foi criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas. Com base nas denúncias de Ferreira e de um empregado do policial, Célio Soares Pereira, a revista informa que funcionava dentro do Ministério do Esporte uma estrutura organizada pelo PCdoB para desviar dinheiro público do programa. Célio Soares Pereira disse à Veja que o ministro Orlando Silva recebeu, na garagem do ministério, uma caixa de papelão contendo maços de notas de R$ 50 e R$ 100.