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Gigantes do transporte marítimo decidem evitar o Mar Vermelho

A região conecta o Mediterrâneo ao Oceano Índico, ou seja, a Europa à Ásia, e por ela trafegam cerca de 20.000 embarcações por ano

Guarda costeira do Iêmen patrulha o Mar Vermelho, perto do estreito estratégico de Bab al-Mandab. (AFP/AFP)

Guarda costeira do Iêmen patrulha o Mar Vermelho, perto do estreito estratégico de Bab al-Mandab. (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de dezembro de 2023 às 09h21.

Grandes empresas mundiais de transporte marítimo anunciaram nas últimas horas a suspensão da passagem de seus navios pelo Mar Vermelho, uma importante rota comercial, após ataques dos rebeldes huthis do Iêmen.

A dinamarquesa Maersk, a alemã Hapag-Lloyd, a francesa CMA CGM e a ítalo-suíça MSC informaram que suas embarcações deixarão de passar pelo Mar Vermelho até nova ordem.

A região conecta o Mediterrâneo ao Oceano Índico, ou seja, a Europa à Ásia, e por ela trafegam cerca de 20.000 embarcações por ano.

Nas últimas semanas, os rebeldes iemenitas, ligados ao Irã, aumentaram os ataques perto do estratégico estreito de Bab Al-Mandab, que separa a Península Arábica da África.

Os huthis advertiram que irão atacar embarcações que navegarem na costa do Iêmen e tiverem ligação com Israel, em resposta ao conflito desse último país com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

Nas últimas semanas, mísseis e drones foram abatidos por navios de guerra americanos e franceses que patrulham aquela área.

Patrulha

No fim de novembro, o Reino Unido já havia anunciado o envio do navio de guerra "HMS Diamond" ao Golfo para responder às "crescentes preocupações" sobre a segurança das rotas comerciais marítimas na região.

A gigante dinamarquesa do transporte marítimo Maersk ordenou ontem que seus navios não passem mais pelo estreito estratégico de Bab al-Mandab até novo aviso, após vários ataques.

A alemã Hapag-Lloyd anunciou no mesmo dia que suspenderia as travessias de suas embarcações porta-contêineres pelo Mar Vermelho até, pelo menos, segunda-feira, após o ataque dos huthis a um de seus navios.

Esse movimento político-militar, que controla grande parte do Iêmen, faz parte, tal qual o Hamas e o Hezbollah, libanês, do chamado "eixo de resistência" contra Israel, apoiado pelo Irã.

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