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Gestão de resíduos sólidos na União Europeia rende 1% do PIB

O setor criou um mercado que emprega 2 milhões de pessoas e rende 145 bilhões de euros por ano


	Saco plástico com lixo: para cumprirem as metas do bloco, os países investiram em técnicas distintas
 (Reprodução)

Saco plástico com lixo: para cumprirem as metas do bloco, os países investiram em técnicas distintas (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 12h22.

Belo Horizonte- A gestão de resíduos sólidos na União Europeia criou um mercado que emprega 2 milhões de pessoas e rende 145 bilhões de euros por ano, disse hoje (18) a engenheira portuguesa Rosa Novaes, formadora em gestão de resíduos, no 4º Seminário Internacional de Engenharia em Saúde Pública. O rendimento chega ao equivalente a 1% do PIB do bloco, que é formado por 27 países.

De acordo com Rosa, quando as metas pretendidas pela comunidade europeia forem atingidas, o número de empregos gerados deve aumentar para 2,4 milhões, com rendimento de 200 bilhões de euros por ano. "Com o crescimento do mercado, as pessoas que trabalham com lixo passaram a ser vistas como muito importantes para o meio ambiente. Houve uma dignificação dessas carreiras", disse Rosa.

Para cumprirem as metas do bloco, os países investiram em técnicas distintas. Estados com cidades e populações menores, como Portugal, apostaram principalmente nos aterros, enquanto nações maiores, como a Alemanha, valorizaram mais a incineração do lixo.

No caso português, diz Rosa, o trabalho começou em 1995, quando o país, de 10 milhões de habitantes, tinha 365 lixões, problema que foi resolvido em cinco anos. Em 2011, 58% do lixo português foi para aterros sanitários, proporção que deve cair para 45% nos números de 2012, graças à inauguração de mais dez estações de valorização dos detritos orgânicos.

Outro caminho adotado por Portugal foi o investimento em gerar energia de biogás a partir da fermentação do lixo. O combustível é usado hoje para reduzir a dependência energética que o país tem em relação ao exterior.

A política portuguesa, segundo Rosa, se baseia primeiro na redução do lixo, com a conscientização da população e a fiscalização dos produtores de embalagens. Em segundo lugar, aparecem a reutilização e a valorização dos resíduos, possibilitada pela coleta seletiva e a reciclagem. Outros tipos de valorização, como a geração do biogás, vem em seguida, para que, por último, o que não for aproveitado vá para os aterros sanitários.

Fazem parte da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia.

* O repórter viajou a convite da Funasa

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