Mundo

Gerdau deixa consórcio que vai construir hidroelétrica

A siderúrgica deve focar suas atividades na produção de aço

Rio Xingu, em trecho que percorre o estado do Mato Grosso (.)

Rio Xingu, em trecho que percorre o estado do Mato Grosso (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - A siderúrgica Gerdau desistiu de participar do consórcio que vai construir e operar a central hidroelétrica de Belo Monte, um polêmico projeto apoiado pelo Governo na região amazônica, anunciou nesta segunda-feira a companhia.

"Neste momento de retomada da demanda por aço, nos diferentes mercados de atuação da companhia, deve focar seus investimentos na sua atividade-fim, que é a produção de aço", disse a empresa em comunicado, no qual citou como referência um estudo de viabilidade de participação no projeto.

A represa de Belo Monte terá um custo de US$ 10,6 bilhões, gerará em média 4.571 megawatts por hora e alcançará um teto de 11.233 megawatts nas épocas de maior cheia do rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.

Além disso, será feito investimento de R$ 1,5 bilhão para diminuir o impacto socioambiental, e outros R$ 2 bilhões em projetos para o desenvolvimento sustentado do rio Xingu.

Diferentes grupos de ambientalistas, inclusive com a participação de celebridades estrangeiras como o diretor canadense de cinema James Cameron, protestaram em várias ocasiões pelos impactos ecológicos do projeto.

Esta semana, o consórcio Norte Energia, do qual a Gerdau fazia parte, deverá entregar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os documentos para a constituição da sociedade operadora.

O consórcio é integrado pelas companhias Chesf, Queiroz Galvão, Galvão, Mendes Júnior, J. Malucelli Construtora, Contern Participações e Comércio, Cetenco Engenharia, Serveng-Civilsan e Gaia Energia e Participações.

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaAmérica LatinaBelo MonteDados de BrasilEnergia elétricaHidrelétricasUsinas

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar