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Geórgia e Ucrânia criam frente comum contra expansionismo russo

Ao anunciar a criação do conselho, o presidente da Ucrânia qualificou os povos ucraniano e georgiano como "vítimas da agressão da Rússia"

Diálogo: governante ucraniano agradeceu aos voluntários georgianos que combatem os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia (Mikhail Palinchak/Ukrainian Presidential Press Service/Handout/Reuters)

Diálogo: governante ucraniano agradeceu aos voluntários georgianos que combatem os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia (Mikhail Palinchak/Ukrainian Presidential Press Service/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de julho de 2017 às 11h55.

Tbilisi - O presidente da Geórgia, Giorgi Margvelashvili, e seu homólogo da Ucrânia, Petro Poroshenko, criaram nesta terça-feira um Alto Conselho Bilateral que se propõe como objetivo principal "a liberdade dos territórios ocupados" pela Rússia e "a integração total na OTAN e na União Europeia".

"Ucrânia e Geórgia têm diante de si os mesmos desafios. Não deixaremos que ninguém nos diga que futuro devemos construir", disse Poroshenko durante sua primeira visita à Geórgia, que também qualificou os povos ucraniano e georgiano como "vítimas da agressão da Rússia".

O governante ucraniano também expressou seu agradecimento aos voluntários georgianos que combatem contra os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

"Os ucranianos inclinam a cabeça perante os georgianos que defendem a soberania da Ucrânia pelo convencimento que dessa forma também lutam pela Geórgia", declarou Poroshenko na coletiva de imprensa conjunta com Margvelashvili.

"A política da Rússia consiste em defender seus interesses privilegiados, o que traz instabilidade, tragédias humanas e divide os povos", afirmou o presidente georgiano, em um tom mais conciliador com Moscou, com quem seu governo procura estender pontes.

"Apesar de termos duas regiões ocupadas (pela Rússia), estamos orientados para a cooperação e a amizade", acrescentou Margvelashvili em referência às autoproclamadas Abecásia e Ossétia do Sul, reconhecidas como Estados independentes pelo Kremlin após a guerra russo-georgiana em agosto de 2018.

Margvelashvili qualificou de "histórica" a visita de Poroshenko, que amanhã se deslocará à chamada "linha da ocupação", a fronteira entre a separatista Ossétia do Sul e o resto da Geórgia.

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