Mundo

Gentiloni enfrenta primeira votação para posse na Câmara italiana

Nomeado Premiê, ele comparecerá perante a câmara Baixa para pronunciar um esperado discurso sobre as prioridades de seu governo

Paolo Gentiloni: espera-se que dê alguma pista sobre se pretende esgotar a legislatura (Alessandro Bianchi)

Paolo Gentiloni: espera-se que dê alguma pista sobre se pretende esgotar a legislatura (Alessandro Bianchi)

E

EFE

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 09h39.

Roma - O governo de Paolo Gentiloni enfrenta nesta terça-feira na câmara dos Deputados italiana seu primeiro voto para a posse, com o interesse centrado no discurso que pronunciará o substituto do demissionário Matteo Renzi.

Gentiloni comparecerá perante a câmara Baixa às 11h local (8h, em Brasília) para pronunciar um esperado discurso sobre as prioridades de seu governo e espera-se que dê alguma pista sobre se pretende esgotar a legislatura, o que está previsto em fevereiro de 2018.

Após o discurso, dará passagem ao debate com a participação de todas as forças políticas, segundo o programa de votação.

Gentiloni terá o direito de réplica e posteriormente será a vez das declarações de voto dos partidos. Além disso, está previsto que o voto de confiança ocorra a partir das 18h45 local (15h45, em Brasília), segundo a câmara dos deputados.

Com a votação final amanhã no Senado concluirá o processo de posse do ex-ministro das Relações Exteriores de Renzi.

Desta maneira, Gentiloni poderá comparecer com total legitimidade ao último Conselho Europeu do ano em Bruxelas, realizado na quinta-feira.

Como protesto perante um governo que consideram "a fotocópia" do Executivo de Renzi, que renunciou em 5 de dezembro depois que foi rejeitada a reforma constitucional em um referendo, o Movimento 5 Estrelas e a Liga Norte já anunciaram que não participarão do voto de posse.

Gentiloni já explicou, ao comparecer perante os veículos de imprensa após receber a incumbência de formar governo, que a maioria de seu Executivo será a mesma de Renzi, depois que todas as forças da oposição rejeitaram formar um governo de união nacional.

Enquanto a maioria da coalizão que apoiará Gentiloni na câmara dos deputados é folgada, no Senado a diferença é menor, mas será possível assegurar os 170 votos que serviriam para conseguir a posse sem riscos.

Junto com Gentiloni comparecerá no plenário seu novo Executivo composto por 18 ministros -5 mulheres e 13 homens -, com cinco novos nomes com relação ao de Renzi e a única baixa da ministra da Educação, Stefania Giannini, substituída pela vice-presidente do Senado, Valeria Fedelli.

Acompanhe tudo sobre:GovernoItália

Mais de Mundo

Trump está '100%' seguro de que alcançará acordo sobre tarifas com UE

Hamas afirma que está pronto para libertar os últimos reféns, mas recusa acordo provisório de trégua

Trump diz que está relutante em continuar aumentando as tarifas sobre a China

Trump diz que 'não tem pressa' para usar a opção militar contra o Irã