O presidente venezuelano Nicolas Maduro (D) e o ministro da Defesa, Diego Molero (Juan Barreto/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2013 às 09h01.
Caracas - O general venezuelano reformado Antonio Rivero, preso desde 27 de abril passado por instigar protestos estudantis, suspendeu nesta segunda-feira a greve de fome que realizava após a detenção, informaram seus familiares.
Rivero, do partido Vontade Popular, decidiu suspender sua greve de fome "por atenção à mãe e à fé cristã, e devido à mediação do cardeal Jorge Urosa Sabino e do clamor nacional para que siga lutando por seu país", assinala uma carta do general.
A carta foi lida pelo irmão do general, José Vicente Rivero, em um ato realizado no município de Chacao, na zona metropolitana de Caracas.
Rivero, diretor da Defesa Civil entre 2003 e 2008, foi preso após o governo divulgar um vídeo que mostraria o general organizando um protesto estudantil para depois da eleição presidencial de 14 de abril, vencida pelo "chavista" Nicolas Maduro por estreita margem sobre o opositor Henrique Capriles, que impugnou o resultado na Suprema Corte.
O general Rivero, que no passado foi um dos quadros do "chavismo", até denunciar a influência de militares cubanos na Força Armada Venezuelana, nega as acusações e denuncia a "criminalização de qualquer ato de protesto".
Após as eleições, os protestos em Caracas e em outras cidades do país deixaram 10 mortos e dezenas de feridos.