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General dos EUA alerta sobre custos de intervenção na Síria

Intervenção dos EUA no conflito sírio custaria US$ 1 bilhão mensais e colocaria em risco outras áreas da segurança, segundo chefe militar americano


	O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Martin Dempsey: as ações americanas na Síria poderiam ter "consequências não desejadas", afirmou o oficial
 (Larry Downing/Reuters)

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Martin Dempsey: as ações americanas na Síria poderiam ter "consequências não desejadas", afirmou o oficial (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 12h46.

Washington - Uma intervenção militar dos Estados Unidos na Síria custaria US$ 1 bilhão mensais e colocaria em risco outras áreas da segurança nacional, advertiu o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Martin Dempsey, em carta divulgada nesta terça-feira.

Dempsey, que visita o Afeganistão, enviou ao Comitê de Forças Armadas do Senado um cálculo de custos que ajudaria o envio de uma força militar americana ao conflito armado na Síria.

Em sua mensagem, Dempsey analisou cinco opções diferentes para uma intervenção dos EUA, desde a instrução militar aos rebeldes à assessoria e ajuda, o recurso a ataques limitados, a imposição de zonas de proibição de voo, o estabelecimento de zonas de separação de bandos e o controle de armas químicas.

Cada uma delas, segundo Dempsey, teria o custo de US$ 1 bilhão.

Todas estas opções fariam avançar o alvo militar de "ajudar a oposição pondo mais pressão sobre o regime", escreveu Dempsey em sua carta datada na sexta-feira.

"Mas isso não é suficiente para simplesmente alterar o balanço de poder militar sem uma consideração cuidadosa do que é necessário a fim de preservar um Estado que funcione", advertiu.


As ações americanas na Síria, afirmou o oficial militar mais alta categoria dos EUA, poderiam ter "consequências não desejadas".

Dempsey explicou aos senadores que se forem colapsadas as instituições do regime do presidente Bashar al Assad "à revelia de uma oposição viável, poderíamos, de maneira despercebida, dar poder aos extremistas ou soltar as mesmas armas químicas que queremos controlar".

Isto, por sua vez, "constituiria nada menos que um ato de guerra!" em tempos de austeridade fiscal nos Estados Unidos.

O senador republicado John McCain e alguns de seus correligionários criticaram de maneira crescente a político do presidente dos EUA, Barack Obama, perante a situação na Síria, insistindo no envio de armas aos rebeldes e o estabelecimento de zonas de espaço aéreo vedados para as aeronaves do Governo sírio.

Dempsey advertiu que um aumento da intervenção americana na Síria "provavelmente significará pôr em risco nossa segurança em outras partes".

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