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General colombiano libertado pelas Farc renuncia ao cargo

Sequestro fez o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, suspender as negociações de paz com o grupo

Ruben Dario Alzate: dois militares foram libertados na semana passada, enquanto Alzate e seus companheiros, um cabo e um advogado civil, foram soltos domingo (Jose Miguel Gomez/Reuters)

Ruben Dario Alzate: dois militares foram libertados na semana passada, enquanto Alzate e seus companheiros, um cabo e um advogado civil, foram soltos domingo (Jose Miguel Gomez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 08h08.

Bogotá - O general colombiano cujo sequestro por rebeldes das Farc fez o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, suspender as negociações de paz com o grupo marxista renunciou ao cargo na segunda-feira, alegando que deveria ter tomados maiores precauções de segurança.

Santos interrompeu as negociações depois que o general Rubén Darío Alzate e mais dois companheiros foram capturados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O presidente se recusou a retomar as conversas até que os três reféns e outros dois militares, capturados uma ocasião diferente, fossem libertados.

Os dois militares foram libertados na semana passada, enquanto Alzate e seus companheiros, um cabo e um advogado civil, foram soltos no domingo, após duas semanas de cativeiro.

"Por amor e respeito a nossa instituição militar, que tem sido afetada por tais incidentes, eu pedi ao governo nacional que me retire do serviço ativo", disse Alzate em declaração transmitida pela TV.

Negociadores do governo estão retornando a Cuba, onde as conversas estavam em andamento, para uma reunião de dois dias com os interlocutores das Farc, embora as negociações não tenham sido retomadas oficialmente.

Alzate e seus companheiros foram capturados em 16 de novembro, quando estavam a caminho de uma visita a um projeto de energia eólica no departamento litorâneo de Choco, disse o general.

Em um esforço para passar despercebido e tranquilizar membros das comunidades locais, Alzate viajou em roupas civis e sem seu aparato de segurança usual. "Devo reconhecer que minha gana de ser útil e meu amor pelo povo de Choco me levaram a ignorar protocolos de segurança que eu deveria ter adotado", disse Alzate, um experiente militar com 33 anos de corporação.

As negociações de Havana são o mais recente esforço para dar fim a um conflito que já dura cinco décadas na Colômbia, no qual mais de 200 mil pessoas já morreram e milhões de outras tiveram que deixar suas casas.

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