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Generais da Rússia e Otan concordam em contatos por Ucrânia

Segundo porta-voz, generais concordaram em monitorar de perto a situação na Ucrânia e trocar informações

Mulher acende uma vela em homenagem aos mortos nos protestos anti-governo da praça da Independência de Kiev, na Ucrânia (Marian Striltsiv/Reuters)

Mulher acende uma vela em homenagem aos mortos nos protestos anti-governo da praça da Independência de Kiev, na Ucrânia (Marian Striltsiv/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 17h17.

Bruxelas - Um general de alto escalão da Rússia e um comandante militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram nesta segunda em monitorar de perto a situação na Ucrânia e trocar informações, disse um porta-voz da aliança militar ocidental.

As tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram por causa da crise em que o presidente ucraniano apoiado por Moscou, Viktor Yanukovich, foi deposto depois de violentos protestos nas ruas do país.

O general da Força Aérea dos Estados Unidos Philip Breedlove, Comandante Aliado Supremo da Otan para a Europa, discutiu a situação ucraniana por telefone nesta segunda-feira com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, o general Valery Gerasimov, disse um porta-voz de Breedlove.

"Sobre a Ucrânia, os dois concordaram em continuar a monitorar a situação de perto e manter informado um ao outro", disse.

Segundo a agência de notícias Interfax, o Ministério da Defesa da Rússia disse que tanto Breedlove quanto Gerasimov expressaram preocupação com os eventos na Ucrânia durante o telefonema.

Os Estados Unidos e seus aliados europeus alertaram a Rússia no domingo a não enviar tropas para a Ucrânia, depois de um assessor do Kremlim dizer que Moscou poderia intervir.

Questionada pela Reuters se a Otan tem planos de contingência para uma intervenção militar russa na Ucrânia, a porta-voz da aliança, Oana Lungescu, disse apenas: "Essa é uma crise política que requer uma solução política".

Ministros da Defesa da Otan, que se reunirão em Bruxelas nesta semana, devem discutir os desdobramentos na Ucrânia em um jantar na quarta-feira, disse Lungescu. Eles devem manifestar apoio à continuidade das reformas democráticas naquele país.

Embora não seja membro da Otan, a Ucrânia participa de uma série de missões da aliança militar, incluindo a contribuição com soldados para as forças lideradas pela Otan no Kosovo e no Afeganistão.

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