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Geithner nega manipulação do dólar e critica Greenspan

Secertário de Tesouro dos EUA rebate acusações do ex-presidente do Fed e nega desvalorização intencional da moeda

O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, defendeu a diretoria atual do Fed (Chung Sung-Jun/Getty Images)

O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, defendeu a diretoria atual do Fed (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 10h40.

Seul - O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, disse que os Estados Unidos "nunca" irão manipular o dólar, e criticou o ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan, por afirmar que o país enfraquece deliberadamente sua moeda.

Em entrevista divulgada nesta quinta-feira pelo canal CNBC, Geithner, que está em Seul, afirmou que "os Estados Unidos nunca farão isto. Jamais buscaremos debilitar nossa moeda como ferramenta para obter vantagens competitivas ou promover nossa economia".

Em um comentário para a edição de hoje do jornal Financial Times, antes do início da Cúpula de Seul, Greenspan escreveu: "Os Estados Unidos estão (...) seguindo uma política de enfraquecimento monetário".

"Tenho um enorme respeito por Greenspan, e tive o privilégio de trabalhar com ele por muitos anos, mas esta não é uma descrição correta das políticas do Fed e nem das nossas", assinalou Geithner.

A afirmação de Greenspan de que os Estados Unidos estão debilitando o dólar alentou as críticas lideradas por China e Alemanha, que alegam que Washington está colocando em risco o crescimento mundial com suas últimas medidas de política monetária.

As críticas contra os Estados Unidos e as queixas de Washington a Pequim por manter o iuane abaixo de seu valor real afetam seriamente a busca de Geithner e do presidente americano, Barack Obama, em busca de um consenso no G20 sobre medidas que corrijam os desequilíbrios monetários e comerciais no planeta.

Na semana passada, o Federal Reserve anunciou que comprará 600 bilhões de dólares em bônus do Tesouro americano, como forma de injetar liquidez e alentar o crédito e o consumo nos Estados Unidos.

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