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Geithner diz que iuane continua abaixo do valor real

Segundo o secretário norte-americano do Tesouro, esta política monetária não é sustentável a longo prazo

Geithner, secretário do Tesouro dos EUA: valor abaixo do real pode acarretar em inflação (Justin Sullivan/Getty Images)

Geithner, secretário do Tesouro dos EUA: valor abaixo do real pode acarretar em inflação (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 13h12.

Washington - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, assegurou nesta quarta-feira que a moeda chinesa, o iuane, "continua subvalorizada".

Em discurso na Escola de Estudos Internacionais Avançados (SAIS) da Universidade Johns Hopkins, o secretário do Tesouro indicou que manter o iuane abaixo de seu valor de mercado de maneira artificial acarreta risco de inflação para a China e prejudica as moedas de cotação mais flexível.

De acordo com Geithner, a política monetária não é sustentável a longo prazo e acabará afetando o crescimento do país.

"A China controla o nível de sua taxa de câmbio e restringe as possibilidades de movimento do capital na entrada e na saída do país", indicou o secretário do Tesouro.

Com isso cria o efeito de "manter a moeda chinesa fortemente subvalorizada", assinalou.

"Entre outras medidas, manter o iuane abaixo de seu valor de mercado encoraja o risco de inflação, como já vimos, e o preço das matérias-primas, algo que afeta os esforços para encorajar o crescimento dentro da China", explicou.

De acordo com Geithner, a política econômica americana direcionada à China se baseia em potencializar a competitividade das empresas dos EUA, de modo que sua economia se baseie menos nas exportações e dependa mais de seu mercado interno.

As relações econômicas entre os dois países, as maiores potências econômicas do mundo, abrem, no entanto, "muitas oportunidades", declarou o secretário.

"China precisa dos EUA, mas os EUA também precisam de suas relações com a China", ressaltou.

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