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Gasolina não pode ficar sempre descolada da cotação mundial, diz Gabrielli

Presidente da Petrobras considera que é necessário esperar para definir o preço devido à instabilidade do mercado

O preço da gasolina deve ser adequado no longo prazo, disse Gabrielli (SXC.Hu)

O preço da gasolina deve ser adequado no longo prazo, disse Gabrielli (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 15h35.

Brasília – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou hoje (29), durante o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), que é impossível manter o preço da gasolina eternamente diferente das cotações do mercado internacional. Ele indicou, porém, que, devido à instabilidade do mercado, é preciso aguardar para que haja uma definição melhor de preços.

Gabrielli voltou a afirmar que é necessário, a longo prazo, fazer uma adequação de preços, mas que isso depende de vários fatores. “Se ficar acima do preço internacional muito tempo, os distribuidores buscarão o produto [no exterior] e as importações crescerão. Se ficar abaixo, alguns irão comprar e exportarão. [Mas é] impossível, do ponto de vista econômico, manter o preço descolado do mercado internacional se houve uma estabilização”, disse.

Por outro lado, se houver uma variação muito grande do preço internacional do petróleo, do álcool e do câmbio não será possível tomar qualquer decisão, no momento, sobre alteração no preço do combustível.

Segundo ele, o governo tem acompanhado atentamente o preço da gasolina no mercado internacional e a redução da produção de etanol no mercado interno. Na última quarta-feira (27), ficou decidido que não haverá, por enquanto, alteração no percentual de etanol anidro adicionado à gasolina, que hoje é de 25%, pois o mercado, na avaliação do governo, encontra-se estável, sem risco de desabastecimento.

A decisão foi tomada depois de uma reunião com integrantes dos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda, Agricultura, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além de representantes da Petrobras e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Uma nova reunião está marcada para o dia 30 de agosto, para decidir se a mistura será alterada. Se houver alguma modificação, ela passará a valer a partir do final de setembro.

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