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Erupção de vulcão Kilauea cria uma nova e perigosa ameaça no Havaí

Os fluxos de lava do vulcão Kilauea podem produzir nuvens de gases ácidos, vapor e partículas semelhantes ao vidro ao chegarem ao oceano Pacífico

Lava do vulcão Kilauea, no Havaí, chega ao oceano Pacífico (Terray Sylvester/Reuters)

Lava do vulcão Kilauea, no Havaí, chega ao oceano Pacífico (Terray Sylvester/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de maio de 2018 às 11h00.

Última atualização em 21 de maio de 2018 às 14h17.

Pahoa, Havaí - O Havaí passou a lidar com um novo perigo em consequência da erupção do vulcão Kilauea, uma vez que os fluxos de lava podem produzir nuvens de gases ácidos, vapor e partículas semelhantes ao vidro ao chegarem ao oceano Pacífico, alertaram autoridades.

A defesa civil alertou motoristas, barqueiros e banhistas a tomarem cuidado com as colunas cáusticas de lava formadas por duas correntes que avançam para o mar desde que atravessarem a rodovia 137 no litoral sul da maior ilha do Havaí, na noite de sábado e na manhã de domingo.

O "laze" - termo que combina as palavras inglesas para lava e névoa - é uma mistura de gases de ácido clorídrico, vapor e partículas vulcânicas minúsculas criadas pela erupção de lava que pode chegar a 1.093 graus Celsius e reage com a água do mar, disse a Defesa Civil do Condado do Havaí em um comunicado.

Os boletins também avisaram que os relatos de gás tóxico derivado do dióxido de enxofre irrompendo de vários pontos ao redor do vulcão triplicaram, exortando os moradores a "adotarem as ações necessárias para limitar uma exposição maior".

"Fiquem atentos ao perigo do 'laze' e mantenham distância de qualquer coluna de fumaça do oceano", recomendou a agência, alertando que os riscos em potencial incluem danos pulmonares e irritação dos olhos e da pele.

Com as condições climáticas do domingo, que teve ventos fortes e uma grande quantidade de lava se derramando no oceano, as colunas de laze podem se estender por até 24 quilômetros, sobretudo ao longo da costa e em alto mar, mas o perigo diminui quanto mais elas se dissipam mar adentro, segundo Janet Babb, geóloga do Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS).

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