Mundo

Gás russo: exportações fora do ex-bloco soviético caíram 45,5% em 2022

Em um comunicado, o presidente da Gazprom, Alexei Miller, afirmou que as exportações para fora desses países foram de 100,9 bilhões de metros cúbicos, ante 185,1 bilhões em 2021

A Rússia reduziu suas exportações de hidrocarbonetos para a União Europeia (Getty Images/Getty Images)

A Rússia reduziu suas exportações de hidrocarbonetos para a União Europeia (Getty Images/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 2 de janeiro de 2023 às 14h08.

As exportações de gás da Rússia para países fora do antigo bloco soviético caíram 45,5% em 2022 — de acordo com informação da gigante Gazprom divulgada nesta segunda-feira, 2, após um ano marcado pela forte queda no fornecimento de hidrocarbonetos russos à Europa, pela guerra na Ucrânia.

Em um comunicado, o presidente da Gazprom, Alexei Miller, afirmou que as exportações para fora desses países foram de 100,9 bilhões de metros cúbicos, ante 185,1 bilhões em 2021.

A Rússia reduziu suas exportações de hidrocarbonetos para a União Europeia (UE), depois que os países ocidentais impuseram-lhe sanções econômicas em represália pela ofensiva na Ucrânia.

No início de dezembro, a UE, os países do G7 e a Austrália concordaram em estabelecer um teto para o preço do petróleo russo a US$ 60 por barril, com o objetivo de reduzir a receita de Moscou e, portanto, sua capacidade de financiar a ofensiva.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo toda manhã no seu e-mail. Cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Em resposta, Moscou anunciou que proibiria a venda de seu petróleo a países que aplicarem o teto aos preços do petróleo russo a partir de 1º de fevereiro. Para compensar as perdas, Moscou tenta aumentar o fornecimento de gás à China, país que consome muita energia.

No final de dezembro, o presidente russo, Vladimir Putin, lançou a exploração de uma vasta jazida localizada na Sibéria, o que deve permitir o aumento das exportações para a China.

A Rússia também planeja construir o oleoduto Força da Sibéria 2, a partir de 2024, para abastecer Pequim via Mongólia.

"As perspectivas de um aumento do consumo de gás no mundo estão ligadas, principalmente, à Ásia e, sobretudo, à China", declarou o presidente da Gazprom.

LEIA TAMBÉM:

Rússia avança com ataques à Ucrânia e dispara 40 drones explosivos em Kiev

Bombardeios russos de Ano Novo deixam quatro mortos e 50 feridos na Ucrânia

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GásGás e combustíveisRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'