Schmitt-Matzen: "eu o abracei, e antes que pudesse dizer qualquer coisa ele morreu", contou (Twitter/Reprodução)
Larissa Moreira
Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 15h22.
Última atualização em 14 de dezembro de 2016 às 15h24.
Nem todas as histórias de Natal têm um final feliz...
Eric Schmitt-Matzen é o retrato daquilo que se imagina como o papai noel. Uma longa barba branca, uma barriguinha - "suficiente para que as crianças se sentem em cima" e até mesmo sua data de nascimento, 6 de dezembro, Dia de São Nicolau, não deixam dúvidas.
Há algumas semanas, Schmitt-Matzen recebeu o que seria uma das missões mais importantes - e tristes - de sua carreira.
Segundo o jornal Knoxville News-Sentinel, que divulgou a história que ganhou destaque no mundo todo, foi um telefonema de uma enfermeira que alertou Schmitt-Matzen que um menino de cinco anos estava morrendo, e queria ver o Papai Noel.
"Eu disse a ela 'ok, só vou trocar de roupa'. Ela disse 'não há tempo para isso, seus suspensórios bastam'", narrou ele à publicação do Tennessee, nos Estados Unidos.
Ao chegar no hospital, os pais do pequeno o esperavam, com o presente de Natal do garotinho. Schmitt-Matzen, que é engenheiro mecânico, entrou sozinho no quarto. Ao Knoxville News-Sentinel ele narrou os momentos que seguiram.
"Quando eu entrei, ele estava deitado, tão fraco que eu achei que ele ia cair no sono. Eu sentei em sua cama e perguntei: 'Que história é essa que você vai perder o Natal? Não há como você perder o Natal, você é meu duende número 1!'
Ele então me olhou e perguntou: 'Eu sou?'
E eu respondi: 'É claro!'
Então eu entreguei o presente a ele. Ele estava tão fraco que mal podia abrir o embrulho. Quando ele viu o que era, ele abriu um sorriso e abaixou a cabeça.
'Eles dizem que eu vou morrer', ele me contou. 'Como eu conto a eles quando eu chegar lá?'"
Então, o Papai Noel pediu que o pequeno contasse, ao chegar lá, que era o duende número um. "Eu sei que eles vão deixar você entrar".
Depois da resposta reconfortante, o menino abraçou Schmitt-Matzen, e pediu um favor.
"Eu o abracei, e antes que pudesse dizer qualquer coisa ele morreu", contou o homem ao jornal. Diante da situação, ele imediatamente deixou o quarto, e passou dias em casa chorando e lembrando do pequeno.
Durante a entrevista, ele disse que pensou em desistir de interpretar o Papai Noel, mas mudou de ideia.
"Quando eu vejo todas aquelas crianças rindo, eu volto ao eixo. Isso me faz lembrar do papel que eu tenho que desempenhar, por eles e por mim".