Mundo

Garis de Paris voltam ao trabalho após três semanas de greve

Até 10.000 toneladas de lixo foram acumuladas nas ruas em protesto contra a reforma previdenciária

Gari nas ruas da França após protestos reforma da previdência (AFP/Reprodução)

Gari nas ruas da França após protestos reforma da previdência (AFP/Reprodução)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 28 de março de 2023 às 11h42.

Os garis de Paris voltarão ao trabalho na quarta-feira, 29, após uma greve de três semanas que deixou até 10.000 toneladas de lixo nas ruas, em protesto contra a reforma previdenciária — anunciou o sindicato CGT nesta terça, 28.

“Suspenderemos nosso movimento de greve e bloqueio a partir de quarta-feira, 29 de março”, anunciou a organização sindical, lembrando, porém, que a luta contra a reforma do presidente liberal Emmanuel Macron “não terminou”.

Desde 6 de março, os funcionários públicos do serviço de limpeza municipal, que atuam em metade dos bairros da capital, entraram em greve e também bloquearam as três usinas de incineração de lixo que atendem Paris.

O fim das ações em dois desses incineradores, anunciado na sexta-feira, e a requisição de funcionamento da terceira ordenada pela polícia parisiense permitiram uma melhora da situação.

O que acontece agora?

Nesta terça-feira, restavam cerca de 7.000 toneladas a serem coletadas, tuitou a prefeita Anne Hidalgo.

De acordo com a CGT, sindicato majoritário do setor, a suspensão das ações busca abrir espaço para discutir como renovar a greve "com mais força", sobretudo, quando quase não restam grevistas. Na França, os funcionários em greve perdem a parte do salário correspondente às horas não trabalhadas.

Desde 19 de janeiro, a França registra um movimento de protesto contra o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, a partir de 2030, e contra o aumento para 43 anos de contribuição para poder receber a aposentadoria integral, ambos promovidos pelo governo Macron.

Acompanhe tudo sobre:FrançaProtestosEmmanuel MacronReforma da Previdência

Mais de Mundo

EUA e China chegam a acordo para reduzir tensões comerciais, diz Bloomberg

Ex-presidente Cristina Kirchner deve ser presa por corrupção, decide Suprema Corte

Atirador em escola da Áustria morre após ataque, diz polícia

Trump diz que, se necessário, invocará Lei da Insurreição para conter protestos