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Gangues invadem prisão do Haiti e permitem fuga da maioria dos 4 mil presos

Ataque ocorre em meio a uma onda de distúrbios que abala o país há vários dias; criminosos envolvidos em assassinato de presidente também escaparam

Cresce o clima de tensão no Haiti, em meio a protestos e fuga de prisão (RICHARD PIERRIN/AFP/Getty Images)

Cresce o clima de tensão no Haiti, em meio a protestos e fuga de prisão (RICHARD PIERRIN/AFP/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 3 de março de 2024 às 19h11.

Gangues armadas invadiram a principal prisão nacional da capital do Haiti, Porto Príncipe, no sábado, libertando a vasta maioria dos cerca de 4 mil homens presos, disse um jornalista local à rede britânica BBC, incluindo pessoas que haviam sido acusadas de envolvimento no assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021.

O ataque ocorreu em meio a uma onda de distúrbios que abala o país há vários dias, informaram a embaixada francesa e a mídia local.

"Na noite de sábado, um grupo de criminosos invadiu a penitenciária nacional de Porto Príncipe e permitiu a fuga de um número indeterminado de detidos", escreveu a embaixada francesa na capital haitiana em um comunicado transmitido à AFP mais cedo. A embaixada apelou à "prudência" e a evitar "deslocamentos".

Onda de criminalidade no Haiti

Por sua vez, o Sindicato da Polícia Nacional do Haiti pediu aos policiais e militares que possuam carros, armas e munições que se dirigissem à prisão para reforçar a segurança, segundo mensagem em crioulo publicada na rede social X.

Entre os prisioneiros que fugiram estão "membros importantes de gangues muito poderosas", informou o jornal Gazette d'Haïti.

Criminosos comuns, líderes de gangues e também os acusados do assassinato de Moïse foram detidos naquela prisão, localizada a poucos quarteirões do Palácio Nacional, informou o jornal Le Nouvelliste. Desde quinta-feira, os agressores espionavam a prisão com drones, acrescentou a mídia.

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