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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - O deputado Fernando Gabeira será oficializado hoje candidato do PV ao governo do Estado do Rio em clima de desconfiança mútua entre os partidos que integram sua coligação: PSDB, DEM e PPS. A insistência dos tucanos em mudar o acordo estabelecido há mais de dois meses e lançar um candidato ao Senado para expor o número 45 na televisão desestabilizou ainda mais a aliança. Gabeira, que oscila entre 15% e 20% nas pesquisas eleitorais, vai para a campanha com uma coligação em crise e clima de ruptura.
Ontem, o presidente do PSDB do Rio, José Camilo Zito, ameaçava adiar a convenção majoritária do partido que confirmaria o apoio a Gabeira. Até a presença do candidato tucano à Presidência, José Serra, no evento não era mais certa. Integrantes do partido não escondiam o descontentamento com a possibilidade de adiamento e a falta de definição. "É uma decisão unilateral do PSDB. Mas vários integrantes do partido já me avisaram que vão à convenção de qualquer jeito. É uma situação de conflito. Mas, no fundo, não passa de uma trapalhada", avaliou Gabeira.
O presidente do PV no Rio, Alfredo Sirkis, foi ainda mais enfático: "Crise de última hora no Rio pode entrar para os anais da molecagem política." A presença da presidenciável do PV, Marina Silva, está confirmada. No início da semana, a Executiva Nacional do PSDB resolveu mudar acordos fechados com partidos aliados e lançar candidaturas ao Senado nos Estados em que a legenda não tivesse disputando o governo. Além do Rio, a decisão afetou a composição de aliança na Bahia, Pernambuco e no Distrito Federal.
O problema é que o acerto em torno de Gabeira foi marcado por crises. Ele mesmo ameaçou abandonar a candidatura várias vezes. Houve resistência ao lançamento do nome do ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) ao Senado. Depois, briga interna no PV entre Gabeira e Sirkis. A indefinição sobre como se dará a participação da chapa na campanha de Serra também foi outra fonte de crise. Gabeira insiste que só apoiará Marina, o que desagrada aos tucanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.