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G7 procura mensagem comum de confiança em Marselha

Os ministros das Finanças do grupo das nações mais industrializadas do mundo querem chegar a soluções para abordar a crise

O ministro francês, François Baroin: França exerce este ano a presidência do G7 (Eric Feferberg/AFP)

O ministro francês, François Baroin: França exerce este ano a presidência do G7 (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2011 às 08h27.

Marselha - Os ministros de Finanças do Grupo dos Sete (G7, que agrupa as nações mais industrializadas) se reúnem nesta sexta-feira e sábado em Marselha em busca de uma mensagem comum sobre as soluções para abordar a crise, que dê confiança aos mercados caso se confirme o desaquecimento econômico.

O ministro francês, François Baroin, cujo país exerce este ano a presidência do G7, disse antes do início do encontro informal que não será emitido um comunicado oficial conclusivo.

A reunião desta sexta-feira com os ministros da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido ocorrerá durante a tarde e terminará com um jantar de trabalho seguido por uma entrevista coletiva da presidência e possivelmente de outras delegações.

Neste sábado, os ministros ficarão em Marselha para receber os responsáveis de Finanças da chamada "parceria de Deauville", criada em maio com a Tunísia e o Egito, os dois países árabes onde as revoltas populares derrubaram seus respectivos regimes ditatoriais, e à qual depois foram incorporados Marrocos e Jordânia.

Todos estudarão o andamento dos planos de ajuda prometidos a esses Estados árabes para estimular as reformas democráticas e que, segundo os números iniciais divulgados pela Tunísia, poderiam representar globalmente US$ 40 bilhões.

Na cidade mediterrânea francesa estarão presentes também os responsáveis dos bancos centrais do G7, aos quais a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) aconselhou uma redução de juros caso a desaceleração da atividade dê sinais de que irá durar.

Baroin, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Le Figaro", transmitiu uma mensagem de conciliação ao afirmar que entre os que apostam pelo ajuste orçamentário e os que defendem estímulos para reativar a atividade econômica, ele é favorável a "buscar a medida que mais se adapte à situação de cada um".

Nos últimos meses, os europeus focaram-se em iniciar sucessivos planos de consolidação fiscal, enquanto os Estados Unidos estão mais preocupados em reativar a economia, que cada vez dá mais sinais de fragilidade.

A OCDE revisou nesta quinta-feira em baixa suas previsões para os países do G7, que na segunda metade deste ano crescerão a um ritmo anual inferior a 1%, com exceção do Japão, por razões específicas vinculadas ao calendário de sua reconstrução.

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