Primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson (JUSTIN TALLIS/Getty Images)
AFP
Publicado em 10 de junho de 2021 às 19h13.
Os líderes do G7 se comprometerão a distribuir um bilhão de doses de vacinas contra a covid-19 aos países pobres com o objetivo de "acabar com a pandemia" até 2022, anunciou nesta quinta-feira (10) o governo britânico.
Reunidos de sexta a domingo no sudoeste da Inglaterra, "os líderes mundiais devem anunciar que proporcionarão pelo menos um bilhão de doses de vacinas contra o coronavírus, compartilhando e financiando-as", informou o Reino Unido, que tem a presidência rotatória do grupo.
Os países do G7 também devem "estabelecer um plano para ampliar a produção de vacinas para cumprir este objetivo", completou.
"Ao vacinar mais pessoas ao redor do mundo, não ajudaremos apenas a deter a pandemia de coronavírus, mas também reduziremos o risco para as pessoas no Reino Unido" ao "reduzir a ameaça representada por variantes resistentes à vacina e encontradas em áreas com grandes surtos", acrescentou.
Por sua vez, Londres vai doar 100 milhões de doses em excesso de vários laboratórios graças ao avanço de seu programa de vacinação, que já administrou quase 70 milhões de injeções.
Cinco milhões de doses serão entregues antes de setembro e o restante até 2022, principalmente por meio do programa internacional Covax.
Os Estados Unidos já se comprometeram a fornecer 500 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, incluindo 200 milhões este ano, e o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu às empresas farmacêuticas que doassem 10% das doses vendidas a países desfavorecidos.
A presidência britânica do G7 também quer pedir aos grandes laboratórios que forneçam vacinas a preço de custo durante a pandemia, a exemplo da AstraZeneca/Oxford.
Em maio, Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson se comprometeram a fornecer 3,5 bilhões de doses a preço de custo ou com desconto para os países mais pobres em 2021 e 2022, incluindo 1,3 bilhão neste ano.
Os líderes do G7 também discutirão o estabelecimento de "mecanismos para prevenir futuras pandemias".
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