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G7 ameaça Rússia com sanções caso não aceite trégua na Ucrânia

Ministros do G7 alertam para imposição de sanções e apoio à Ucrânia caso cessar-fogo não seja aceito

G7 alerta Rússia sobre novas sanções caso não aceite cessar-fogo com a Ucrânia (AFP)

G7 alerta Rússia sobre novas sanções caso não aceite cessar-fogo com a Ucrânia (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2025 às 19h57.

Última atualização em 14 de março de 2025 às 20h01.

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O G7 emitiu um alerta à Rússia nesta sexta-feira, 14, dizendo que novas sanções serão impostas caso o país não aceite um cessar-fogo com a Ucrânia, reforçando uma posição de forte unidade entre os países mais desenvolvidos do mundo. A reunião, realizada em Quebec, Canadá, aconteceu em um contexto de tensões internas no grupo, particularmente devido à postura do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem criado divisões dentro da coalizão.

Em uma declaração conjunta, os ministros das Relações Exteriores do G7 manifestaram seu "apoio inabalável" à Ucrânia, destacando a necessidade de respeitar sua "integridade territorial" e classificando a ação russa como "agressão", termo que Trump, ao contrário, evitava em suas interações com Moscou.

O grupo apoiou uma trégua de 30 dias proposta pelos Estados Unidos, que foi aceita pela Ucrânia. O G7 pediu que a Rússia retribuísse esse gesto aceitando um cessar-fogo com termos justos e implementando-o totalmente. Caso a Rússia recuse a trégua, novas sanções serão impostas, além de outras medidas, como apoio adicional à Ucrânia e limites ao preço do petróleo russo.

A declaração do G7 também pediu a implementação de acordos de segurança robustos para a Ucrânia, de forma que o país tenha os meios para se defender de qualquer novo ato de agressão. Embora a questão da adesão da Ucrânia à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) tenha sido discutida, Trump permaneceu contra a inclusão da Ucrânia na aliança, uma posição que agrada ao presidente russo, Vladimir Putin.

A postura de Trump, que havia retomado o diálogo com Putin e até mesmo suspendido brevemente a ajuda à Ucrânia, gerou desconforto dentro do G7. No entanto, o cenário parece ter mudado com as conversas entre o senador americano Marco Rubio e oficiais ucranianos na Arábia Saudita, resultando na proposta de uma trégua de 30 dias. Embora Putin tenha mostrado interesse na trégua, ele pediu mais esclarecimentos, o que gerou críticas de Kiev e de Berlim, acusando-o de tentar ganhar tempo.

Em meio a isso, o ministro britânico David Lammy destacou a "unidade" do G7, pedindo um cessar-fogo "sem condições". A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, também se mostrou satisfeita com a forte unidade do grupo, apesar das divisões internas causadas pelas tarifas impostas por Trump e suas provocações ao Canadá. Joly afirmou que a Rússia agora tem "a bola" para decidir sobre o cessar-fogo.

Além disso, o G7 também abordou a situação em Gaza, pedindo um cessar-fogo permanente e a retomada do fornecimento de ajuda humanitária ao território palestino, após Israel ter suspendido a entrada de insumos e cortado a eletricidade. Isso foi interpretado como uma concessão por parte de Trump, que normalmente dá apoio incondicional a Israel.

Por fim, o encontro destacou a contínua divisão dentro do G7, mas também a importância de uma ação coordenada e firme frente à situação na Ucrânia e outras áreas de conflito.

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