Zelensky e Biden se cumprimentam em reunião na cúpula do G7, na Itália (Mandel NGAN/AFP)
Redação Exame
Publicado em 14 de junho de 2024 às 06h35.
EUA e outros membros do G7 concordaram na quinta-feira, 13, em conceder à Ucrânia um empréstimo de US$ 50 bilhões para ajudá-la a comprar armas e começar a reconstruir sua infraestrutura num momento crucial da guerra em que a Rússia tem mostrado resistência e avanços importantes.
Segundo o New York Times, espera-se que o empréstimo seja pago com os juros dos US$ 300 bilhões dos ativos russos congelados que se encontram maioritariamente em bancos europeus desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
O empréstimo será "chancelado" pelos EUA, mas as autoridades de Washington dizem esperar que os seus aliados, incluindo membros da União Europeia, forneçam parte dos fundos.
O presidente Joe Biden também assinou um acordo de segurança de 10 anos com o presidente Volodymyr Zelensky. O democrata disse que o acordo tornaria a Ucrânia autossuficiente e a colocaria no caminho para se tornar membro da OTAN.“Nosso objetivo é fortalecer as capacidades de defesa e dissuasão da Ucrânia no longo prazo”, disse Biden. “Uma paz duradoura para a Ucrânia deve ser garantida por sua própria capacidade de se defender agora e de dissuadir agressões futuras.”
Biden tenta convencer os aliados de que os EUA continuarão a apoiar a Ucrânia mesmo que Donald Trump, que falou abertamente em retirar os Estados Unidos da OTAN, ganhe as eleições de novembro. Mas vale lembrar que, se Trump vencer o pleito, ele poderá abandonar qualquer acordo de segurança com a Ucrânia ou de outra natureza, como o de Paris sobre a questão climática.