Mundo

G20: Brasil, EUA e Índia lançam Aliança Global de Biocombustíveis

A aliança nasce, em especial, para fomentar o desenvolvimento de economias do Sul Global, dentro de uma agenda de transição energética

 (Ricardo Stuckert/Presidência da República/Reprodução)

(Ricardo Stuckert/Presidência da República/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 9 de setembro de 2023 às 18h08.

Brasil, Estados Unidos e Índia lançaram neste sábado, dia 9, a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês). A iniciativa quer fomentar a produção e o consumo de biocombustíveis, sobretudo do etanol, como fonte de energia alternativa menos poluente para os transportes. Os três países estão entre os cinco principais produtores de etanol do mundo, devido à produção de milho e cana-de-açúcar. 

Segundo os governos indiano e brasileiro, com base dos dados da Agência Internacional de Energia, a produção de biocombustíveis precisa triplicar até 2030 para o mundo alcançar emissões líquidas zero até 2050. Por isso, a tese da GBA é  ajudar a zerar emissões no transporte e a garantir segurança energética.

Em uma cerimônia breve, paralela à programação oficial da Cúpula do G20, na Índia, participaram da cerimônia os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Joe Biden (EUA), Alberto Fernández (Argentina); as primeiras-ministras Giorgia Meloni (Itália) e Sheikh Hasina (Bangladesh); os primeiros-ministros Lee Hsien Loong (Singapura) Narendra Modi (Índia), Pravind Jugnauth (Ilhas Maurício) e um representante governamental dos Emirados Árabes Unidos.

Leia também: G20: Lula cita ciclone no RS e cobra dívida de países ricos para combater aquecimento global

Nas redes sociais, o presidente Lula defendeu a iniciativa conjunta "para reanimar o uso e produção de etanol e outros biocombustíveis, onde o Brasil lidera em tecnologia". "Mais desenvolvimento com menos emissão de carbono e menos dependência de combustíveis fósseis", afirmou.

Segundo o governo brasileiro, a aliança está aberta a novas adesões. Ao todo, são 19 países reunidos. O Canadá e Cingapura participam, de início, na condição de observadores da aliança, não de membros fundadores. Também fazem parte 12 organizações dos setores público e privado internacionais e dos países membros.

Leia também: G20: em segundo discurso do dia, Lula enfatiza desigualdade e combate à fome

Etanol brasileiro

A aliança nasce, em especial, para fomentar o desenvolvimento de economias do Sul Global, dentro de uma agenda de transição energética.

Neste sentido, o Brasil apresenta o RenovaBio, programa criado pelo Ministério de Minas e Energia, em 2016. A iniciativa prevê a certificação da produção de biocombustíveis de acordo com as reduções na emissão de gases do efeito estufa, permitindo a comercialização de créditos do carbono.

Com a Aliança Global de Biocombustíveis, a expectativa é que o uso do carro flex, consolidado no Brasil, se espalhe pela Índia e demais participantes, no futuro. “Nosso desafio é garantir o suprimento global num cinturão de bioenergia relevante. A demanda existe”, disse Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), à Agência Estado.

Leia também: G20 evita divisões sobre Ucrânia e mudança climática

Acompanhe tudo sobre:G20BiocombustíveisEtanol

Mais de Mundo

Peru decreta emergência em três regiões afetadas por incêndios florestais

Putin reconhece que residentes das regiões fronteiriças estão enfrentando dificuldades

Rival de Maduro na Venezuela diz que assinou documento sob 'coação' e o considera nulo

Príncipe saudita descarta acordo com Israel sem reconhecimento do Estado palestino