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Furacão Milton: Flórida anuncia multas de até US$ 25 mil para quem elevar preços de bens essenciais

Autoridades endurecem punições para quem especular preços após furacão

Furacão Milton: leis proíbem aumento dos preços de bens essenciais (Bryan Smith/AFP)

Furacão Milton: leis proíbem aumento dos preços de bens essenciais (Bryan Smith/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 16h13.

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Enquanto os moradores da Flórida começam a registrar as mortes e os graves danos causados pelo furacão Milton nesta quinta-feira, 10, as autoridades anunciaram multas de até US$ 25 mil, equivalente a R$ 139,625 mil, para especuladores e criaram uma linha direta especial para reclamações.

A decisão é resultado de alertas de manipulação de preços e acumulação de bens básicos que começaram antes da passagem do furacão e continuam até hoje.

Impacto na população da Flórida

A espanhola Laura Martínez disse que, no caminho de Sarasota, onde mora na costa oeste, para Boca Raton, no leste, "tivemos de parar em cinco postos de gasolina até encontrar um que tivesse combustível". A mesma situação foi relatada por dezenas de pessoas nas redes sociais, apesar da garantia das autoridades de que não há motivo para a falta de combustível.

"O que mais me preocupa são os preços dos alimentos e de outros suprimentos. Pagamos US$ 200 por dois tanques de propano e cinco litros de água potável", disse Kevin Trippings, morador da região de Tampa, que decidiu ficar em casa e não sair por falta de um orçamento familiar que lhe permitisse passar vários dias fora.

Crise de preços: passagens e suprimentos básicos

Foi o caso de Marta Elena e Pedro Gonzalez, moradores da região de Ocala, no centro da Flórida, que desde segunda-feira tentam comprar passagens para Porto Rico, sua terra natal. “Os voos de Tampa para San Juan custam a partir de US$ 1.000. Ninguém tem dinheiro para isso", disse Pedro.

Autoridades federais, incluindo a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata pelo Partido Democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o governador da Flórida, Ron DeSantis, pediram aos cidadãos que denunciem os especuladores.

Punições severas para quem explorar a crise

“Explorar uma crise não é apenas antiético, é ilegal. Nosso escritório tomará medidas radicais contra qualquer pessoa que queira ganhar dinheiro com as dificuldades da comunidade”, disse a procuradora do condado de Miami-Dade, Katherine Fernandez Rundle, que, juntamente com o procurador do condado de Broward, Harold F. Pryor, reforçou que essas políticas estão em vigor em todo o estado.

As leis proíbem o aumento dos preços de bens essenciais, como alimentos, gasolina, água e quartos de hotel. Multas de até US$ 1 mil por violação e de até US$ 25 mil por múltiplas violações em um período de 24 horas estão previstas para aqueles que especularem com os preços.

O endurecimento das políticas visa impedir que a crise gerada pelo furacão se agrave devido à manipulação de preços .

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