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Furacão Melissa: tempestade atinge Jamaica com ventos de 280 km/h

Três pessoas já morreram em decorrência do furacão; tempestade segue em direção a Cuba e Bahamas

Furacão Melissa: categoria 5 avança sobre a Jamaica com ventos de até 280 km/h. (NOAA via Getty Images)

Furacão Melissa: categoria 5 avança sobre a Jamaica com ventos de até 280 km/h. (NOAA via Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de outubro de 2025 às 08h52.

Última atualização em 28 de outubro de 2025 às 09h01.

O furacão Melissa, de categoria 5 na escala Saffir-Simpson, se aproxima da Jamaica nesta terça-feira, 28. Autoridades orientam moradores a buscar terrenos altos e abrigos, enquanto o país se prepara para enfrentar ventos e chuvas extremos. Segundo a BBC, três pessoas já morreram no país.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC), Melissa está a cerca de 215 km a sudeste de Kingston e 500 km a sudoeste de Guantánamo, com ventos máximos sustentados de 280 km/h e rajadas ainda mais fortes.

O centro do Melissa deve impactar diretamente a Jamaica hoje, seguindo em direção ao sudeste de Cuba na manhã de quarta-feira e ao sul e centro das Bahamas ao longo do dia. O furacão avança lentamente, a cerca de 5 km/h, permanecendo mais tempo sobre cada área e aumentando o risco de danos.

Além dos ventos, estão previstas chuvas torrenciais, capazes de gerar inundações e deslizamentos de terra. O Aeroporto Internacional Norman Manley, em Kingston, já registrou ventos sustentados de 65 km/h e rajadas de 83 km/h.

Na Jamaica, as inundações costeiras podem atingir até quatro metros e o interior da ilha enfrenta precipitações intensas, sendo comparadas aos impactos históricos de furacões como Maria (2017) e Katrina (2005).

Impacto em outros países do Caribe

Melissa já provocou quatro mortes na região: três no Haiti e uma na República Dominicana, onde um adolescente segue desaparecido. No Haiti, a tempestade deve continuar hoje e amanhã, enquanto em Cuba já entrou em fase de alerta em seis províncias do leste, que evacuaram cerca de 650 mil pessoas.

Em Cuba, a falta de eletricidade dificulta a disseminação de informações preventivas. Moradores expressam preocupação com os ventos e a chuva. “Tenho muito medo porque é um furacão muito perigoso. Pode destruir a casa da gente, levar o telhado [...] Tenho pânico do vento”, disse à AFP Anabel Chacón, de 62 anos, residente em Bayamo, capital de Granma.

O furacão também ameaça o sul das Bahamas e o arquipélago das Ilhas Turcas e Caicos, território britânico.

Preparativos humanitários

A Global Empowerment Mission (GEM), sediada em Doral, na Flórida, prepara 22 toneladas de suprimentos, incluindo água, alimentos e itens de primeira necessidade, que serão enviados a Kingston.

“Temos uma equipe operacional na Jamaica. Eles permanecerão lá durante a passagem do furacão e, assim que ele passar, sairão para avaliar os danos e coordenar as ações de controle e reparo necessárias”, afirmou Santiago Neira, responsável por projetos comunitários da GEM.

Melissa é a 13ª tempestade nomeada da temporada do Atlântico, que vai de junho a novembro, e mantém-se como um dos ciclones mais intensos a atingir a região neste ano.

*Com informações da AFP e EFE

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