Repórter
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 14h29.
Última atualização em 28 de outubro de 2025 às 14h46.
O furacão Melissa atingiu a costa da Jamaica nesta terça-feira, 28, com ventos fortes. O fenômeno já é classificado como a "tempestade do século" e a pior da história do país.
A tempestade foi registrada como categoria 5 ao atingir a costa, tornando-se a mais forte a atingir a ilha em mais de três décadas. Seus ventos atingiram 298 km/h, de acordo com um alerta do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), emitido às 14h do horário de Brasília.
"Melissa atinge o sudoeste da Jamaica, perto de New Hope, como um poderoso furacão de categoria 5", disse o NHC.
A previsão é de que o furacão Melissa cause uma devastação histórica. As autoridades locais ordenaram evacuações em toda a ilha e pediram aos moradores que armazenem água potável por até três dias.
O governo jamaicano também alertou que as condições climáticas causarão danos generalizados à infraestrutura de energia e transporte.
Antes de confirmar a chegada do furacão, o NHC fez alertas urgentes nas redes sociais, enfatizando a gravidade da situação: "Ventos catastróficos, inundações repentinas e marés de tempestade estão ocorrendo na ilha. Esta é uma situação extremamente perigosa e com risco de vida! Proteja-se agora."
Três pessoas já morreram no país por causa das tempestades que ocorreram antes da chegada do furacão. De acordo com a Cruz Vermelha, a passagem do furacão Melissa pela Jamaica terá um "impacto massivo", afetando pelo menos 1,5 milhão de pessoas, o que representa metade da população da ilha.
Este será o furacão mais poderoso a atingir a Jamaica desde o início dos registros, há 174 anos.
O fenômeno se intensificou rapidamente, alcançando a categoria 5 na segunda-feira, 27, e ganhou força nas últimas horas.
O furacão está previsto para alcançar Cuba ainda nesta terça-feira, poucas horas depois de sua passagem pela Jamaica, segundo informações da Bloomberg.
O governo jamaicano se preparou para a chegada do furacão Melissa, emitindo ordens de evacuação obrigatória para diversas áreas do país, incluindo a capital Kingston, e alertando para possíveis danos catastróficos. Aproximadamente 900 abrigos foram disponibilizados à população. Cuba também iniciou a evacuação de parte de sua população.
"Não existe infraestrutura na região capaz de suportar um furacão de categoria 5. A questão agora é a velocidade de recuperação. Esse é o desafio", afirmou o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, em coletiva de imprensa.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou que essa será a "tempestade do século" para a Jamaica e estima que o furacão Melissa pode gerar rajadas de vento superiores a 300 km/h, além de provocar inundações repentinas e deslizamentos de terra.
“Uma situação catastrófica é esperada. Para a Jamaica, será com certeza a tempestade do século”, declarou Anne-Claire Fontan, especialista em ciclones tropicais da OMM, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
Antes mesmo da chegada do furacão, a Jamaica já enfrentava deslizamentos de terra, quedas de árvores e vários apagões. As autoridades locais afirmaram que a avaliação dos danos e a operação de limpeza serão lentas. Uma maré de tempestade de até 4 metros, com risco de vida, é esperada no sul da ilha, e autoridades estão especialmente preocupadas com o impacto nos hospitais costeiros.
Até agora, a tempestade já causou sete mortes no Caribe, sendo três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana, onde outra pessoa segue desaparecida.