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Furacão Fiona ganha força e avança para as Bermudas

Os ventos alcançam 210 km/h após provocar mortes, inundações e graves danos materiais em Porto Rico e na República Dominicana

The image is a 'digital enhancement' recreating the artist view. The bland original image from NASA was transformed using digital software. Focus, texture, details were added. Also the white and black points were determined. In addition, creative color interpretation of the scene was applied. Elements of this image furnished by NASA (Roberto Machado Noa/Getty Images)

The image is a 'digital enhancement' recreating the artist view. The bland original image from NASA was transformed using digital software. Focus, texture, details were added. Also the white and black points were determined. In addition, creative color interpretation of the scene was applied. Elements of this image furnished by NASA (Roberto Machado Noa/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2022 às 09h21.

Última atualização em 21 de setembro de 2022 às 09h24.

O furacão Fiona foi elevado para a categoria 4 nesta quarta-feira, 21, depois de afetar as Ilhas Turcas e Caicos e provocar mortes, inundações e graves danos materiais em sua passagem por Porto Rico e República Dominicana.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos, os ventos alcançam 210 km/h e Fiona deve atingir as Bermudas na quinta-feira.

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O NHC informou que o furacão estava 170 km ao norte de Turcas e Caicos e subiu para a categoria 4, a segunda maior na escala Saffir-Simpson.

"As ondas provocadas por Fiona devem atingir Bermudas na manhã de quinta-feira. O fenômeno pode provocar ondas e correntes que colocam a vida em risco", afirma o boletim mais recente do NHC.

"O furacão Fiona demonstrou que é uma tempestade imprevisível", disse Anya Williams, vice-governadora de Turcas e Caicos. O fenômeno não provocou mortes no território britânico de ultramar.

Até o momento, o furacão deixou cinco mortos: um no território ultramarino francês de Guadalupe, dois em Porto Rico e outros dois na República Dominicana.

Furacão Fiona na República Dominicana

O presidente de República Dominicana, Luis Abinader, declarou três províncias do leste como zonas de desastre: La Altagracia, que abriga o popular balneário de Punta Cana; El Seibo; e Hato Mayor.

Fiona afetou residências e causou sérios danos na infraestrutura de serviços básicos deste país de 10,5 milhões de habitantes.

As autoridades reportaram nesta terça-feira que mais de 10.000 pessoas foram evacuadas para "áreas seguras" e que cerca de 400.000 estão sem energia elétrica e 1,2 milhão, sem água.

Imagens da imprensa local mostraram os moradores da cidade de Higüey, na costa leste, com a água pela cintura, tentando salvar seus pertences.

"Aconteceu muito rápido", disse Vicente López à AFP, na praia de Puntacanera, em Bibijagua, lamentando a destruição dos estabelecimentos comerciais no local.

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Danos em Porto Rico

Em Porto Rico, onde o furacão tocou o solo no domingo, o governador Pedro Pierluisi descreveu os danos causados pela tempestade na terça-feira como "devastadores".

"Isso é difícil, há muitos danos e ainda estamos avaliando a extensão dos mesmos", disse em coletiva de imprensa.

Fiona causou deslizamentos de terra, bloqueou estradas e derrubou árvores, linhas de energia e pontes ao passar pela ilha de três milhões de habitantes, território livre associado aos Estados Unidos.

Vítimas da tragédia

Na tarde de terça-feira, apenas 300.000 pessoas tinham energia elétrica em suas casas após o apagão geral causado pela tempestade no domingo, informaram as autoridades.

E cerca de 760.000 pessoas permaneciam sem água potável em suas casas como resultado de falta de energia e cheia de rios.

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Jorge Cintrón, morador de La Parguera, na costa sudoeste do país, sofreu danos materiais em sua casa e em seu negócio, um salão de beleza.

"A experiência foi horrível. Foi muito impressionante sentir os ventos e ver como as coisas foram levantadas", contou à AFP por telefone.

"Destruiu o pátio que eu tinha acabado de reformar. Foi aí que eu chorei, porque depois dos sacrifícios que se faz para ter suas coisas, não é fácil perdê-las. Mas vou me levantar. Se eu tenho minha vida e minha mãe está bem, o resto vem como consequência", disse o homem de 57 anos.

Depois de anos de problemas financeiros e de recessão, em 2017, Porto Rico declarou quebra, a maior já anunciada por uma administração local dos Estados Unidos. Mais tarde, neste mesmo ano, o duplo golpe de dois furacões, Irma e Maria, aprofundou a miséria e devastou a rede elétrica da ilha, que há anos sofre grandes problemas de infraestrutura.

A rede foi privatizada em junho de 2021 em um esforço para resolver a ocorrência de apagões, mas o problema persiste. No início deste ano, por exemplo, toda ilha ficou sem luz.

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