Mundo

Furacão Delta arranca telhado de casas e deixa parte dos EUA sem energia

Dez furacões já atingiram os EUA este ano, superando o recorde de 1916; neste sábado, dia 10, quase 700 mil residências e empresas ficaram às escuras

Imagem de satélite do furacão Delta (AFP/AFP)

Imagem de satélite do furacão Delta (AFP/AFP)

R

Reuters

Publicado em 10 de outubro de 2020 às 16h10.

O furacão Delta cortou a energia, derrubou equipamentos de refinarias de petróleo na Costa do Golfo dos Estados Unidos e fechou os portos de exportação de petróleo, mantendo ventos destrutivos e tempestades mesmo longe de seu centro.

Quase 700 mil moradias e empresas em três Estados da Costa do Golfo ficaram sem energia neste sábado depois que o Delta atingiu o continente durante a noite de sexta-feira como um furacão de categoria 2, com ventos de 161 quilômetros por hora, perto da cidade de Creole, na Louisiana.

Os ventos do Delta arrancaram telhados de casas, cortaram a energia elétrica e interromperam operações petrolíferas em lugares tão distantes quanto Port Arthur, Texas, 105 quilômetros a oeste do local onde o furacão atingiu o continente.

A refinaria da petrolífera francesa Total, com capacidade para processar 225.500 barris por dia (bpd), ficou sem energia, a refinaria de 335 mil bpd da Valero Energy perdeu uma torre de resfriamento e a Motiva Enterprises fechou uma pequena unidade da refinaria de 607 mil bpd em meio à tempestade, disseram fontes próximas do assunto.

Os portos de petróleo e petroquímicos de Beaumont, no Texas, a Lake Charles, na Louisiana, foram fechados para navios comerciais antes da tempestade e permaneceram fechados no sábado. Houston e Galveston estavam abertos e operando normalmente, mostraram dados da Guarda Costeira dos EUA.

O furacão cortou a maior parte da produção marítima de petróleo do Golfo do México e 62% da de gás natural, informou o Departamento do Interior. Equipes de funcionários de mais de 280 plataformas de produção e sondas de perfuração foram retiradas das instalações antes da chegada do furacão.

Normalmente, leva vários dias depois que uma tempestade passa para que as empresas de petróleo e gás avaliem as instalações quanto a danos, promovam o retorno dos trabalhadores e permitam a retomada da produção marítima.

No entanto, a tempestade Laura atingiu a Louisiana como um furacão de categoria 4 no final de agosto com ventos de 240 quilômetros por hora e uma onda de tempestades que danificou o processamento de gás em terra e as operações de oleodutos em alto mar.

O furacão Delta foi a décima tempestade nomeada da temporada de furacões no Atlântico a atingir os EUA neste ano, superando um recorde de 1916.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)FuracõesMudanças climáticasOceanosPetróleo

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô