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'Funeral do século': Tempo de espera na fila para a despedida de Elizabeth II chega a 24 horas

Fila de espera ainda pode sofrer suspensões por alcance de capacidade máxima; fim de semana será o último o adeus à rainha

O rei Charles III durante uma vigília ao lado do caixão de sua mãe, a rainha Elizabeth II, no Westminster Hall do Parlamento, em Londres (Toni CERDÀ/AFP)

O rei Charles III durante uma vigília ao lado do caixão de sua mãe, a rainha Elizabeth II, no Westminster Hall do Parlamento, em Londres (Toni CERDÀ/AFP)

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AFP

Publicado em 17 de setembro de 2022 às 08h44.

Última atualização em 19 de setembro de 2022 às 06h54.

Milhares de britânicos desafiavam neste sábado (17) a longa fila de "pelo menos 24 horas" de espera para a despedida de Elizabeth II, antes do "funeral do século" na segunda-feira.

"A fila chegou a Southwark Park e o tempo de espera é de pelo menos 24 horas", anunciou o governo britânico, que alertou para uma possível nova suspensão do acesso à fila caso esta alcance a capacidade máxima.

VEJA TAMBÉM: Últimas notícias do funeral da rainha Elizabeth II: cerimônia acontece nesta segunda-feira; veja ao vivo

Londres tem o último fim de semana de adeus da população à única soberana conhecida pela maioria dos britânicos até sua morte, em 8 de setembro, aos 96 anos, após sete décadas de reinado.

"Todos estamos aqui para agradecer a Sua Majestade por ser tão amorosa, carinhosa e reconfortante ao longo dos anos. E com um legado incrível", disse o ex-jogador de futebol David Beckham na sexta-feira ao sair do Westminster Hall.

O edifício quase milenar, com teto de vigas de madeira, o mais antigo do complexo do Parlamento britânico, recebeu o caixão da monarca e deve ser visitado por 750.000 pessoas até segunda-feira.

Nos últimos dias, os serviços de ambulâncias de Londres atenderam mais de 430 pessoas na fila de vários quilômetros ao longo do Tâmisa, a maioria por casos de desmaio.

O adeus à rainha Elizabeth acontece em um ambiente de recolhimento, solenidade e disciplina. Na sexta-feira à noite, no entanto, um homem foi preso ao sair da fila e tentar se aproximar do caixão, informaram as autoridades.

No mesmo dia, os britânicos registraram outro momento solene: o novo rei Charles III, 73 anos, e seus três irmãos Anne (72), Andrew (62) e Edward (58), ficaram próximos ao corpo de sua mãe por 15 minutos para a "Vigília dos Príncipes".

Ao contrário do velório celebrado na segunda-feira na Escócia, onde a monarca faleceu, Andrew vestiu seu uniforme militar, uma honra que a própria rainha havia retirado do filho por seu envolvimento em um escândalo sexual.

Na tarde de sábado será a vez dos oito netos da rainha, incluindo o príncipe herdeiro, William de Gales, e seu irmão Harry, que na semana passada apareceram em público ao lado de suas esposas, Catherine e Meghan.

O momento, que segundo a imprensa britânica foi possível após 45 minutos de "longas negociações", pretendia mostrar uma aproximação entre os filhos de Charles III e Diana depois que Harry e Meghan decidiram abandonar em 2020 a família real e mudar para a Califórnia.

"Funeral do século"

As autoridades britânicas se preparam para receber na segunda-feira (19) o primeiro funeral de Estado desde o do ex-primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965, com a presença de dezenas de líderes mundiais.

"Posso confirmar que será o maior evento que a polícia londrina terá que administrar, maior que os Jogos Olímpicos de 2012", declarou o vice-comandante Stuart Cundy.

O "funeral do século" começará na segunda-feira às 7H00 de Brasília na Abadia de Westminster, diante de 2.000 convidados. Analistas calculam que será assistido por 4,1 bilhões de pessoas no mundo, graças à televisão e às redes sociais.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou presença, assim como o brasileiro Jair Bolsonaro e o rei da Espanha, Felipe VI.

O vice-presidente chinês, Wang Qishan, representará seu país. A China foi convidada ao funeral, ao contrário da Rússia, devido à guerra na Ucrânia, e um reduzido número de países, como Venezuela e Mianmar.

Alguns chefes de Governo já chegaram a Londres. A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, prestou homenagem na sexta-feira diante do caixão de Elizabeth II. Neste sábado, representantes de 14 países da Commonwealth devem fazer o mesmo.

Após o funeral, o caixão será transportado pela capital britânica até o Arco de Wellington, no Hyde Park Corner. No local, será colocado em um carro fúnebre para a última viagem até o Castelo de Windsor.

Uma última cerimônia privada, com a presença apenas dos integrantes mais próximos da família real, será celebrada e a rainha será sepultada às 19H30 (15H30 de Brasília).

O corpo da monarca mais longeva do Reino Unido permanecerá, ao lado de seu marido, na capela do rei George VI, onde estão os caixões de seu pai e sua mãe, assim como as cinzas de sua irmã Margaret.

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