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Fundo de resgate maior pode afetar ratings europeus

Segundo o diretor do grupo de ratings soberanos da S&P, David Beers, as medidas podem desencadear uma sequência de rebaixamento de notas

Segundo uma autoridade do FMI, o BCE é a única instituição que pode evitar que a crise da dívida da zona do euro cause mais danos à economia global. ( REUTERS/Ralph Orlowski)

Segundo uma autoridade do FMI, o BCE é a única instituição que pode evitar que a crise da dívida da zona do euro cause mais danos à economia global. ( REUTERS/Ralph Orlowski)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 17h16.

Washington - Os esforços da Europa para intensificar o combate à crise de dívida da zona do euro podem desencadear rebaixamentos de notas de crédito de países da região, alertou uma autoridade da Standard & Poor's.

David Beers, diretor do grupo de ratings soberanos da S&P, disse que ainda é muito cedo para saber como os formuladores de políticas europeus ampliarão o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF), o quão eficaz ele será e quais serão suas possíveis implicações de crédito.

Mas ele disse que várias alternativas podem ter "potenciais implicações de crédito de formas diferentes", inclusive para potências como França e Alemanha.

As autoridades europeias, buscando mais recursos para proteger a zona do euro contra as consequências da crise de dívida, estão considerando maneiras de aumentar o poder do fundo de resgate de 440 bilhões de euros, mas ainda é incerto como isso será feito.

Beers afirmou que é evidente, porém, que as autoridades não podem alavancar o EFSF sem limites.

"Há um certo consenso na zona do euro de que não há mais opções baratas e livres de riscos para alavancar o EFSF", disse Beers à Reuters.

Alguns analistas dizem que ao menos 2 trilhões de euros seriam necessários para proteger a Itália e a Espanha se a crise de dívida da Grécia se espalhar.

Alavancar o EFSF também pode resultar no rebaixamento do rating "AAA" do próprio fundo.

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