Paris - O fundador da ultradireitista Frente Nacional (FN), Jean-Marie Le Pen, pai da atual presidente do partido, pediu nesta segunda-feira "a guilhotina" para os jihadistas franceses que aparecem nos vídeos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Diante dos que pensam que a França deve colocar essas pessoas em centro de "desadoutrinamento" para os jovens que estão na Síria lutanto junto com o grupo jihadista, o eurodeputado, de 86 anos, propôs pena de morte em um vídeo divulgado em seu site.

"Tenho um centro educativo ideal, a guilhotina. Acho que é uma forma de cortar a cabeça mais limpa do que a que ele utiliza", afirmou Le Pen em referência ao jihadista francês Maxime Hauchard, identificado em um vídeo do EI no qual decapita 18 prisioneiros sírios e um trabalhador humanitário americano.

Desta forma, o líder ultradireitista respondeu à ex-ministra conservadora Valérie Pécresse, que propôs acolher em centros especializados os jovens que retornam da Síria para resistir ao doutrinamento que receberam nesse país.

Le Pen, acostumado a criar polêmica com suas palavras, assegurou que a degola é "o método habitual de execução" no mundo islâmico e lembrou que já foi usado na guerra de independência Argélia, na qual ele participou.

O que é novo, analisa o eurodeputado, é a "encenação" dessas execuções, destinada a "aterrorizar aos adversários" e "ganhar dos muçulmanos de todo o mundo".

A FN tem em seu programa eleitoral a organização de um referendo para restabelecer a pena de morte no país.