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Fundação de líderes do Podemos recebeu € 7 mi da Venezuela

A Fundação Centro de Estudos Políticos e Sociais, cujos trabalhos de assessoria para o governo de Hugo Chávez são conhecidos, recebeu deste vários pagamentos


	O ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez: até agora, a imprensa havia falado de pagamentos no valor de 3,5 milhões de euros
 (AFP/Getty Images)

O ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez: até agora, a imprensa havia falado de pagamentos no valor de 3,5 milhões de euros (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 10h26.

Um "think tank" dirigido pelos fundadores do partido de esquerda radical espanhol Podemos recebeu sete milhões de euros (7,9 milhões de dólares) do governo venezuelano entre 2003 e 2011 para promover sua ideologia na Espanha, afirmam dois jornais conservadores espanhóis.

A Fundação Centro de Estudos Políticos e Sociais, cujos trabalhos de assessoria para o governo de Hugo Chávez são conhecidos, recebeu deste vários pagamentos, parte dos quais foram destinados a promover a ideologia bolivariana, afirmam o jornal ABC e a publicação on-line El Confidencial.

Até agora, a imprensa havia falado de pagamentos no valor de 3,5 milhões de euros.

Os dois jornais se baseiam em um documento de três páginas, datado em maio de 2008, no qual o ministro das Finanças da Venezuela detalha os pagamentos já realizados e fala em conceder recursos suplementares a esta fundação.

A fundação, ressalta o documento, realizou entre 2003 e 2007 trabalhos de assessoria para a presidência, o ministério do Interior ou a Assembleia Nacional venezuelanos.

Encarregada de fomentar a "consciência social bolivariana" dos funcionários venezuelanos por meio de uma "ação catequizadora" que divulgue estes valores, seu trabalho alcançou "resultados excelentes", afirma o documento.

A assinatura de novos contratos com a fundação "permitirá estreitar laços e compromissos com reconhecidos representantes das escolas de pensamento de esquerda, fundamentalmente anticapitalista, que na Espanha possam criar consensos de forças políticas e movimentos sociais, propiciando neste país mudanças políticas ainda mais próximas ao governo bolivariano", afirma o ministro.

O documento leva a assinatura do presidente Hugo Chávez sob o título "Comandante presidente Chávez".

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