Mundo

Funcionários do Google protestam contra assédio e desigualdade na empresa

Empregados estão se queixando de situações de sexismo, racismo e de poder executivo descontrolado no ambiente de trabalho

Protesto de funcionários do Google nos EUA: Em comunicado, os organizadores pediram que a controladora do Google, Alphabet, adicione um representante dos funcionários no conselho de administração (Jeenah Moon/Reuters)

Protesto de funcionários do Google nos EUA: Em comunicado, os organizadores pediram que a controladora do Google, Alphabet, adicione um representante dos funcionários no conselho de administração (Jeenah Moon/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 14h43.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 14h46.

São Francisco/ Dublin - Mais de mil empregados e prestadores de serviço do Google na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos fizeram breves paradas nesta quinta-feira e outras são esperadas, com queixas de sexismo, racismo e poder executivo descontrolado no trabalho.

Em comunicado, os organizadores pediram que a controladora do Google, Alphabet, adicione um representante dos funcionários no conselho de administração e compartilhe internamente dados sobre salários. Os funcionários também pediram mudanças nas práticas de recursos humanos do Google para dar às queixas de assédio um processo mais justo.

O presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, disse em comunicado que "os funcionários apresentaram ideias construtivas" e que a empresa "está recebendo todos os comentários para transformar essas ideias em ações".

Empregados da empresa na Irlanda deixaram notas em suas mesas dizendo: "Saí para protestar contra assédio sexual, má conduta, falta de transparência e uma cultura no local de trabalho que não funciona para todos", afirmou a emissora nacional RTE. Também houve manifestações em Londres, Zurique, Berlim, Tóquio e Cingapura.

As manifestações acontecem após o New York Times noticiar na semana passada que o Google em 2014 pagou 90 milhões de dólares para o então vice-presidente Andy Rubin, que deixou a empresa após ter sido acusado de assédio sexual. Rubin negou as alegações e o Google não comentou.

Desde a sua fundação, há duas décadas, o Google é conhecido em todo o mundo por sua excepcional transparência com os funcionários. Mas os organizadores das paralisações disseram que os executivos da empresa têm sido lentos em resolver alguns problemas estruturais.

A insatisfação entre os 94 mil funcionários da Alphabet e dezenas de milhares de contratados não afetou visivelmente as ações da empresa. Mas os funcionários esperam que a empresa enfrente desafios de recrutamento e retenção de pessoal se suas preocupações não forem atendidas.

Acompanhe tudo sobre:Assédio moralEmpresasGoogleMulheresRacismo

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia