Mundo

Funcionários de agência ambiental dos EUA denunciam governo Trump

Em carta aberta, signatários acusam a Casa Branca de promover desinformação, com 'retórica abertamente partidária'

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 1 de julho de 2025 às 07h52.

O governo dos Estados Unidos está "ignorando o consenso científico" e colocando os norte-americanos em risco ao agir em benefício dos "poluidores", denunciaram em carta aberta, na segunda-feira, 30, funcionários da Agência de Proteção Ambiental (EPA).

Assinada por mais de 200 funcionários atuais e antigos, além de apoiadores, a carta acusa o chefe da EPA, Lee Zeldin, de promover políticas perigosas tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.

"As decisões do governo atual contradizem com frequência as pesquisas revisadas por especialistas e as recomendações dos especialistas da agência", ressalta o texto.

"Essa contradição mina a reputação da EPA como autoridade científica de confiança", e essas ações "colocam em risco a saúde pública e corroem o progresso científico, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo", critica a carta. "O consenso científico está sendo ignorado em benefício dos poluidores."

Desde que assumiu a direção da EPA, Zeldin deu um giro de 180º nas normas ambientais.

"Sob este governo, as plataformas de comunicação da agência foram usadas para promover a desinformação e a retórica abertamente partidária", acusa a carta, divulgada semanas após a publicação de um texto semelhante, assinado por dezenas de funcionários dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

Assim como os funcionários dos NIH, muitos signatários da EPA recorrem ao anonimato, por medo de represálias.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Donald Trump

Mais de Mundo

Como derrubar o governo do Irã sem usar armas, segundo um general da reserva americano

Governo Trump processa Los Angeles por políticas de proteção a imigrantes

União Europeia aceitará a tarifa universal de Trump, mas busca isenções importantes

Presidente de El Salvador defende prisão de 1,5% da população em meio a críticas internacionais