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Fumaça sai de shopping sitiado em Nairóbi

Fumaça emanava do shopping onde o governo diz cercar militantes pelo terceiro dia, depois de um ataque do grupo Al Shabaab que matou pelo menos 62 pessoas

Fumaça sobe do shopping center Westgate em Nairóbi após uma série de explosões durante o terceiro dia de confronto entre forças de segurança e homens armados dentro do edifício (Johnson Mugo/Reuters)

Fumaça sobe do shopping center Westgate em Nairóbi após uma série de explosões durante o terceiro dia de confronto entre forças de segurança e homens armados dentro do edifício (Johnson Mugo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 17h56.

Nairóbi - Uma espessa fumaça emanava nesta segunda-feira do shopping de Nairóbi onde o governo diz cercar militantes islâmicos pelo terceiro dia, depois de um ataque do grupo somali Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, que matou pelo menos 62 pessoas.

Não está claro quantos pistoleiros e reféns continuam encurralados no shopping center Westgate, após uma série de fortes explosões e tiroteios, seguido pelo surgimento da fumaça preta em uma parte do complexo.

Como vem ocorrendo nos últimos três dias, longas tréguas se seguiram a momentos de tiros e atividade.

O ministro queniano do Interior, Joseph Ole Lenku, disse em entrevista coletiva que os militantes incendiaram colchões em um supermercado nos pisos inferiores do shopping. Mais tarde, seu ministério afirmou que o fogo estava controlado.

Ole Lenku disse que dois agressores foram mortos nesta segunda-feira, elevando a três o total de militantes mortos até agora. Ele acrescentou que não havia mulheres entre os agressores, embora alguns estivessem travestidos. No entanto, uma fonte de segurança e dois soldados disseram que uma mulher branca estava entre os autores do ataque e foi morta.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, rejeitou a exigência feita no domingo pelos militantes para que o Quênia retirasse suas tropas da vizinha Somália.

Kenyatta, que perdeu um sobrinho no ataque de sábado, disse que não faria concessões na "guerra ao terrorismo" na Somália, onde tropas quenianas há dois anos colocam o grupo Al Shabaab na defensiva, como parte de uma missão de paz patrocinada pela União Africana.

O chefe do Estado-Maior queniano, Julius Karangi, disse que os pistoleiros vieram "do mundo todo", mas não citou suas nacionalidades. "Estamos enfrentando o terrorismo global aqui", afirmou.

Em Washington, as autoridades disseram estar monitorando os esforços do Al Shabaab para recrutar militantes nos Estados Unidos, mas afirmaram não ter informações diretas sobre o eventual envolvimento de norte-americanos no ataque de Nairóbi.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descendente de quenianos, disse que os EUA estão oferecendo cooperação ao país africano para lidar com o "terrível atentado" sofrido.

Autoridades de segurança próximas ao shopping disseram que as explosões ouvidas nesta segunda-feira, por volta da hora do almoço, ocorreram porque forças quenianas estavam abrindo caminho à força.

O Al Shabaab havia ameaçado matar reféns se a polícia entrasse no shopping.

Ecoando outros funcionários, que destacam o sucesso no resgate de centenas de pessoas retidas no shopping depois do massacre de sábado, Ole Lenku afirmou que a maior parte do complexo está sob controle das autoridades e que os militantes não têm como fugir.

"Estamos fazendo tudo o que é razoavelmente possível, mas cautelosamente, para encerrar o processo", disse o ministro. "Os terroristas podem estar correndo e se escondendo em algumas lojas, mas todos os andares agora estão sob nosso controle", disse o ministro.

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