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Fukushima quer eliminar parte de água radioativa até maio

Até maio, empresa dona da usina espera ter descontaminado 90% da água radioativa armazenada em seus tanques; atualmente, são de 280 mil toneladas


	Equipe inspeciona tanques com água contaminada na usina de Fukushima: a gestão do líquido armazenado e do que é gerado é o principal desafios da TEPCO para melhorar a segurança e reduzir a possibilidade de vazamentos ao mar
 (Tepco/AFP)

Equipe inspeciona tanques com água contaminada na usina de Fukushima: a gestão do líquido armazenado e do que é gerado é o principal desafios da TEPCO para melhorar a segurança e reduzir a possibilidade de vazamentos ao mar (Tepco/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 13h52.

Tóquio - A proprietária da acidentada central de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), anunciou nesta segunda-feira que para o final de maio espera ter descontaminado "mais de 90%" das milhares de toneladas de água radioativa que estão armazenadas em tanques na usina.

O anúncio representa um passo importante dentro dos trabalhos para desmantelar a central, que se prolongarão durante três ou quatro décadas.

Atualmente no recinto de Fukushima Daiichi estão armazenadas em tanques cerca de 280 mil toneladas de água que foram usadas para refrigerar os reatores ou que penetraram nos edifícios da central e que necessitam ser tratadas.

Originalmente, a TEPCO esperava ter conseguido descontaminar todo este líquido neste mês, mas em janeiro anunciou um atraso devido a complicações com as tecnologias empregadas para eliminar a maior parte de isótopos radioativos de água.

A gestão do líquido armazenado e do que é gerado (a refrigeração de reatores e as águas subterrâneas que seguem penetrando através dos alicerces somam 400 toneladas por dia) são os principais desafios da TEPCO para melhorar a segurança na usina e reduzir a possibilidade de vazamentos ao mar.

De fato, no mês passado a empresa admitiu uma nova negligência que supôs uma nova fuga de água muito contaminada ao Pacífico.

O tratamento do volume restante de líquido (menos de 10% do total) requereria "vários meses a mais" por ser água salgada, da qual é mais complicado remover o estrôncio, segundo explicou a empresa em comunicado publicado hoje.

Nos momentos imediatamente posteriores ao acidente produzido pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, a TEPCO bombeou diretamente água do mar para esfriar os reatores afetados.

O desastre de 2011 provocou em Fukushima Daiichi o pior acidente nuclear desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986.

As emissões e vazamentos radioativos resultantes mantêm deslocadas cerca de 70 mil pessoas que viviam junto à usina e afetaram gravemente a pesca, a agricultura e a pecuária local.

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