Os ministros das Finanças do G20 prometem ainda apoiar as instituições financeiras (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2011 às 17h47.
Zurique - As propostas para exigir que os maiores bancos do mundo tenham um colchão de capital adicional de 2,5 por cento de seus ativos, a fim de proteger os contribuintes de futuros resgates públicos a essas instituições, superou um grande obstáculo nesta segunda-feira, sob dura oposição do setor.
O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), incumbido pelo grupo das 20 principais economias do mundo (G20) de coordenar as respostas regulatórias à crise financeira, apoiou um projeto finalizado no mês passado.
O presidente do Conselho do FSB, Mario Draghi, confirmou que os bancos estarão sujeitos a ter uma sobretaxa de exigência de capital entre 1 e 2,5 por cento, a partir de 2016, contrariando especulações de que o plano iria por água abaixo.
O secretário-geral do FSB, Svein Andresen, também disse que iria anunciar um sucessor para Draghi na cúpula do G20, em Cannes, em novembro.
O presidente do Banco Central italiano deixará o cargo no conselho após sua indicação à presidência do Banco Central Europeu, com vigência a partir do próximo mês.
Se aplicadas imediatamente, as sobretaxas irão atingir 28 bancos, como HBSC, JPMorgan Chase, Barclays e Goldman Sachs.
Os bancos dizem que as sobretaxas irão afetar seu crescimento.
O FSB, contudo, disse que um estudo sobre o impacto das sobretaxas mostrou que os benefícios de um risco reduzido de crises sistêmicas se sobrepõe amplamente aos custos transacionais em termos do cresicmento do Produto Interno Bruto (GDP).
As sobretaxas fazem parte de um pacote mais amplo aprovado pelo FSB nesta segunda-feira para regular os bancos "grandes demais para falir", para que nenhum credor possa esperar que o governo os socorra quando estiveram em dificuldades.
Espera-se que o pacote tenha aprovação final na cúpula do G20 em novembro.